Entre as brumas da memória, lembro vagamente do meu primeiro natal. Talvez fosse o ano de 1951 ou 52, eu com 3 ou 4 anos, brincava com algumas bolinhas de gude e um carrinho e observava a minha mãe que andava pela cozinha ocupada com os seus afazeres.Ela vestia uma sai comprida rodada quadriculada em vários tons, blusa branca, e um sapatinho tipo rasteirinha. Meu pai de short, sem camisa, sentado em um degrau do quintal, com uma garrafa de pinga na mão, forçando um peru (ainda vivo) a beber. Soube mais tarde que a pinga era para deixar a carne da ave mole e facilitar o abate. Mas os dois ficaram bêbados e aquele ano o peru não morreu na véspera. Eles sempre se desdobravam para me proporcionar um Natal repleto de alegrias e felicidades, embora a nossa situação financeira sempre tenha sido muito difícil, mas eu era filho único, o que facilitava um pouco. A minha mãe me ajudava a escrever a cartinha para o Papai Noel, e também sabiamente, influenciava na escolha dos presentes que deveriam caber no pequeno bolso do meu pai. A arvore de Natal era sempre feita de um galho de cipreste que eu achava que ajudava a cortar de uma arvore do jardim, que era enfeitada com muito algodão e algumas bolinhas, e no topo brilhava uma estrela. O Presépio, Jesus, José, Maria, a manjedoura, o burrinho, a vaca, o anjo suspenso por uma linha, e até os três reis magos, Melchior, Baltasar e Gaspar, ela mesmo moldava de barro argiloso, recolhido das escavações da construção da marginal Tiete. O alpiste semeado sobre pedaços de algodão molhado, que brotava e crescia na medida em que o Natal se aproximava e forrava de verde os morrinhos que circulavam o estábulo, onde o menino Jesus seria colocado na noite de Natal. Acordava no dia 25 e corria para abrir os presentes que Papai Noel havia deixado em baixo da arvore. O almoço de Natal era na casa da vovó Magdalena, todos os primos e primas se encontravam para mostrar o que ganharam, e brincar, brincar muito. A minha esposa Marli ao contrario de mim que sou filho único, teve 9 (nove) irmãos e irmãs, a ceia e o almoço natalino não era tão farto, o Papai Noel passava timidamente por lá. Mas o espírito natalino sempre esteve presente. Nós sabemos que seus pais, assim como os meus, também sempre fizeram tudo que podiam e dedicaram suas vidas para os filhos. Hoje eu e a Marli somos os avôs, espero as filhas, filho, genros, nora, netas e neto na ceia e no almoço, a alegria também é grande, graças a Deus nada nós falta. A não ser é claro, os nossos pais, tios e avôs, que já se foram, que devem estar comemorando o Natal ao lado do aniversariante e pedindo para que ele continue iluminando e protegendo a nossa família. Obrigado papai Mario e mamãe Thereza, obrigado papai Severino e mamãe Maria José. Feliz Natal a todos e também para os papais e mamães que permanecem vivos dentro dos nossos corações. São pelas lagrimas que derramamos de alegria, saudades e tristeza, que a alma se comunica melhor com Deus. Noite Feliz

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
TEMOS VAGA DE FAXINEIRA
Por ocasião das eleições presidenciais do ano passado (2010), o Lula apresentou a sua candidata ao cargo como uma tocadora de obras e a mãe do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Como todo mundo sabe, o povo comprou a idéia e ela foi eleita a primeira mulher presidenta do Brasil.
Daqui a alguns dias o seu governo completara um ano, e com certeza ela imprimiu um ritmo intenso de trabalho. Todos os dias leio e vejo noticias de sua agenda, assinatura de contrato, solenidades reuniões, e é claro também muitas viagens. Mas não se falou mais nada, ou quase nada a respeito do PAC. Muito pelo contrario o Brasil parou de crescer, ela trocou o acelerador pelo freio. O PAC (Plano de aceleração do crescimento) virou PFC (Plano de frear o crescimento)
Até hoje, desde a data da sua posse ela na verdade só tentou abafar os desvios de dinheiro publico, (mal feitos, segundo ela), provocados pelos Ministros que ela escolheu sob a orientação do seu guru (Lula). E quando realmente a opinião publica através da imprensa começa a demonstrar descontentamento com este acomodamento ela negocia um pedido de demissão.
Já são 7 (sete) os malfeitores (quem faz mal feito é malfeitor), e existe a clara possibilidade deste numero aumentar. O Ministro Fernando Pimentel-PT- que se defenda.
Esta muito claro, que em nome da “governabilidade” ela continua acomodando os indicados dos partidos, que transformaram os Ministérios em verdadeiros “feudos”.Sai um malfeitor, e entra outro do mesmo quilate, e até mais competente para arrecadar fundos e provavelmente criar um novo escândalo com data e hora para explodir.
O PT e a imprensa vermelha estão vendendo a idéia de que a Dilma esta fazendo uma grande faxina, mas na verdade ela só está jogando a sujeira para debaixo do tapete. Essa faxineira não dá, em 2014, vamos colocar o anuncio de novo, “Temos vaga de faxineira”.
Mas do que estou reclamando, ela (Dilma) foi eleita para dar continuidade ao governo Lula, e ela está cumprindo ao pé da letra as promessas de campanha, as falcatruas os escândalos continuaram, exatamente como antes.
Presta atenção! A corrupção política de locupletação com o dinheiro público é o pior câncer que corrói o caráter de nossos homens públicos. Somente os desonestos podem enriquecer-se no curso da atividade pública. Rui Barbosa já alertava: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. No ano que vem teremos eleições municipais, vereadores e prefeito. Ubatuba finalmente está no caminho certo, e não pode ser governada por pessoa sem experiência administrativa e política. E muito menos por um partido que tem a fixa suja, e está repleto de malfeitores, canalhas e corruptos consagrados.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
PAÍS DE IDIOTAS
Como se comportaria um governo corrupto em um país democrático, para tentar se perpetuar no poder. Quais medidas poderiam tomar para subjugar seu povo.
Com certeza não poderia disponibilizar uma educação de qualidade, pessoas bem educadas reclamam demais.
Seria imprescindível oferecer material didático deficiente e repleto de erros e enfraquecer a estrutura educacional a tornando quase inexistente ao ponto de alunos praticarem a libertinagem total, ateando fogo nas cortinas e carteiras, agredindo professores, não aceitando determinação judicial, defendendo as contravenções e se posicionando contra a policia. Jamais alguém será reconhecido por ser um bom medico um bom advogado, um bom professor ou um bom trabalhador. Porem poderá conseguir ascensão social, fama e dinheiro, sendo jogador de futebol, dançarina da Globo, e outras profissões que muito contribuem para o desenvolvimento do país.
Criar uma mídia inútil! Será necessário manter os veículos de comunicação nas mãos de poucas famílias, para que o Estado possa controlar e ter acesso. Assim nenhuma informação ou noticia indesejável teria espaço na mídia. E no lugar dela seria divulgado noticias sobre futebol, culinária e fofocas sobre famosos. É muito importante rechearmos a programação da TV aberta com programação de coisas inúteis como dançarinas seminuas e roupas bregas, apresentador sorteando dinheiro, programas de humor sem graça, noticiários que não pregam a informação e sim a violência gratuita. Programas de esporte que ficam horas e horas discutindo os rumos da seleção.
Garantir um sistema de saúde horrível! Para manter uma população sobre controle é necessário que esteja com a saúde debilitada. Enfim o Estado deve fazer que poucos tenham acesso ao tratamento de saúde adequado, de modo que a grande maioria mesmo que seja para passar por uma simples consulta, deva ficar um enorme tempo de suas vidas em filas de espera. Caso o cidadão consiga de alguma forma marcar uma consulta o tempo de espera deve ser de no mínimo 3 meses, caso o cidadão consiga sobreviver a espera e ainda for atendido os preços dos remédios devem ser caríssimos, garantindo que ele não tenha um atendimento digno.
Cobrar altos impostos! Deve-se criar um sistema completamente injusto de arrecadação, de modo que o preço de uma mercadoria seja metade, somente de impostos. Além é claro das taxas e mais taxas. O Governo cobrara para o cidadão viver, trabalhar, comprar, vender e até morrer. E o cidadão jamais terá o retorno desse dinheiro. Tudo tem que não funcionar! Tudo, absolutamente tudo deve funcionar mal. Bancos, Correios, Telefonia, os serviços públicos de água e esgoto, energia elétrica, sempre estarão com problemas. As estradas devem ser pessimamente cuidadas para serem privatizadas e justificarem a cobrança de pedágio. Os aeroportos devem estar sempre congestionados para também justificar sua privatização. Os cidadãos sempre devem ser mal atendidos e não devem ter a quem recorrer.
Jamais investir em Tecnologia! Esse país dos sonhos terá que sobreviver com a exportação de produtos primários, nosso papel global devera ser de somente fornecer produtos brutos, como soja, cana de açúcar, café, minério de ferro e carne. E a produção e exportação deverá se concentrar, assim como a mídia, nas mãos de poucas famílias e classes dominantes. Investir em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento a exportação de bens com alto valor agregado, não deverá ser prioridade. Já que isso traria oportunidades para que muitos cidadãos estudassem, produzissem e fizessem parte do desenvolvimento Nacional. A intenção é fazer desse país uma grande fazenda nas mãos de poucas famílias que controlariam a produção, enquanto os outros deverão servir este sistema através do sub emprego e trabalho fabril.
Os ministérios devem ser ocupados por mágicos que consigam multiplicar por dez suas riquezas. Que criem ONGS e sindicatos fantasmas, que consigam desviar o dinheiro publico de todas as maneiras imagináveis e também as inimagináveis. Que se aproprie do que não é seu, que se corrompa que roube toda a população. E a impunidade deve reinar absoluta.
E a mais importante de todas as medidas será tentar eleger o maior numero de Governadores e principalmente Prefeitos que rezem na mesma cartilha da corrupção plena. Ai sim, um povo mal educado, doente, desempregado perdera também a fé em seus representantes. Tendo isso acontecido pode dar as boas vindas a um país de idiotas.
Você que esta lendo esta coluna, agora está preparado para identificar algumas dessas ações, caso algum governo ou governante queira implantar isso aqui no Brasil ou em qualquer parte do mundo o regime que transformara seu povo em um bando de idiotas.
Isso é apenas uma hipótese muito distante, imagina um governo desse tipo aqui no país do “berço esplêndido”. Esta matéria foi baseada em um vídeo produzido por Cristovan Grazina.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
AQUELA DOENÇA
As pessoas, antigamente, quando comentavam que fulano estava com câncer usavam a expressão “aquela doença”. Com certeza porque sabiam que o portador estava com os dias contados. Hoje, embora, “aquela doença”, ainda não tenha a cura completamente descoberta, sabe-se que se “ela” for detectada precocemente, e se for também tratada rapidamente, existe grande possibilidade de se alcançar a cura. O nosso ex presidente Lula, infelizmente está com “aquela doença”, quê foi detectada e tratada com a maior agilidade possível. Pode-se acreditar portanto que as chances de cura são grandes. Lula perdeu sua primeira esposa e um filho no ano de 1971, na rede publica de saúde. No ano de 1998 ele saiu candidato a Presidente da Republica do Brasil e em seus discursos apregoava: ”Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governante confiaria na saúde publica para se tratar”. Hoje nós sabemos que o Lula não confia. No ano de 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atendimento do SUS na cidade de Recife dizendo: “Ela esta tão bem localizada, tão bem estruturada, que dá até vontade de ficar doente para ser atendido”. E Deus disse: “Seja feita a vossa vontade”, ele teve, ali mesmo, uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado. O Lula não confiou. O Hospital Sírio Libanês, um dos melhores, mais estruturado, e mais caros do país, também atende o SUS, e lá, uma pessoa que tenha uma dor de garganta, leva 30 dias (média) para ser atendida, e se for constatada “aquela doença”, leva mais 70 dias ( média) para começar o tratamento quimioterápico, e se precisar de radioterapia terá que esperar pelo menos 113 dias na média. O Lula teve “aquela doença” diagnosticada em uma sexta e começou o tratamento na segunda, e o custo desta agilidade (e da vida) custa mais ou menos R$50 mil reais. Tanto o Lula, como o José Alencar e a Dilma se trataram no Sírio Libanês. Eles descobriram que a vida não tem preço. Principalmente quando quem paga a conta é o povo. O mesmo povo que agoniza nas portas dos Hospitais públicos. Triste sina, este povo que agoniza, e paga seus tratamentos particulares, é o mesmo que os elegeu. Quando Lula disse, um dia, que a saúde no Brasil estava perto de atingir a perfeição, com certeza estava pensando no tratamento particular do Sírio Libanês. Hoje muitos brasileiros estão fazendo uma campanha pela internet, para que o Lula receba tratamento pelo SUS, em uma clara manifestação de repudio pelas condições de atendimento do sistema. Eu já acho que se ele pode pagar, ou tem quem paga, deve usufruir do tratamento privilegiado e comprovadamente eficiente do Sírio. Mas eu acho, ou melhor, eu gostaria que toda a população brasileira tivesse acesso a esse mesmo tipo de tratamento. Sempre é melhor nivelar por cima. O povo já está saturado de ouvir que a saúde é um poço sem fundo. Poço sem fundo é o dinheiro desviado pela corrupção, é o dinheiro do mensalão, é o dinheiro aplicadas em obras desnecessárias e superfaturadas, é o dinheiro gasto com ONGs de fachada, é o dinheiro aplicado para salvar instituições financeiras. Lula sempre falou muita besteira, fez afirmações esdrúxulas, contou muita mentira. Usou a usa sua voz, sua garganta, para manipular as informações e deturpar os fatos, sempre se posicionou a favor de ditadores criminosos. Enfim, sempre usou de sua oratória para defender interesses duvidosos. Foi com sua garganta, com as cordas vocais, com sua voz que ele conquistou notoriedade. Triste sina, a mesma garganta, as mesmas cordas vocais que agora estão com “aquela doença”. E Deus disse: “Mais vale um pobre são e vigoroso do que um rico flagelado em seu corpo. A saúde e o vigor valem mais que todo o ouro do mundo.”(Siracides 30.14)
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Adeus - cinco letras que choram
O jornalista Ruy Castro começa contando a história do Orlando Silva o “cantor das multidões” afirmando que de 1935 a 1942, ele foi o mais perfeito cantor popular do Brasil. E um dos mais perfeitos do mundo. Sua carreira bem como sua vida foram curtas, já sem poder cantar faleceu com 62 anos. Os jornalistas de hoje contam a história do outro Orlando Silva, o Ministro que entre os anos de 2007 e 2008 figurou nas manchetes acusado de gastos irregulares nos cartões corporativos. E o Lula não fez nada. Agora aparece o João Dias Ferreira, ex-militante do PCdoB, que é o delator de um suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte envolvendo, de novo, o ministro Orlando Silva. Ele acusa Orlando de desviar recursos do programa “Segundo Tempo” por meio de ONGs de fachada. Segundo o PM, funcionava uma central de propina no ministério, com o fim de arrecadar recursos para o PCdoB. O policial diz ainda que teve vários encontros informais com o ministro do Esporte. Apareceu também o pastor David Castro, fundador da Igreja Batista Gera Vida de Brasília, afirmando que recebeu R$ 1,2 milhões em convênios do Ministério do Esporte, mas foi pressionado a repassar 10% do valor aos cofres do PC do B, partido do Orlando. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos da pasta em convênios com ONGs. Gurgel solicitou ainda a remessa pelo Superior Tribunal de Justiça de um processo que investiga os mesmos fatos, onde a personagem central é o atual governador do Distrito Federal e ex-titular da pasta durante o governo Lula, Agnello Queiroz (PT-DF). - Algumas ONGS que receberam vultosas verbas para patrocinarem crianças carentes a praticarem esportes, nada fizeram, apenas embolsaram as verbas e só patrocinaram o enriquecimento ilícito de seus integrantes, e deste ministro picareta. A herança maldita, ou melhor, os Ministérios malditos que Dilma recebeu de seu antecessor estão se esvaindo nos escândalos, e mostrando a cara que tem. Agora só resta a Dilma cantar a musica do outro Orlando, o cantor. Tomando cuidado para não trocar apenas a mosca e deixar o mesmo excremento. “Adeus, adeus, adeus/ Cinco letras que choram/Num soluço de dor/ Adeus, adeus, adeus/ É como o fim de uma estrada/Cortando a encruzilhada/ Ponto final de um romance de amor/Quem parte, tem os olhos rasos d’água/ Ao sentir a grande mágoa/Por se despedir de alguém/ Quem fica também fica chorando/ Com o lenço acenando/QUERENDO PARTIR TAMBÉM.” Já vai tarde cambada de corrupto
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A MAÇA
No inicio da década de 80, eu fui convidado por um ex chefe para trabalhar na Itautec, uma empresa do Grupo Itaú. Já estava na área de informática há alguns anos, oriundo da Olivetti do Brasil. Vivíamos o regime militar e com ele a Lei de informática, (reserva de mercado), onde o Brasil sequer engatinhava. Todos os produtos deveriam ser produzidos no Brasil, as empresas tradicionais do mercado estavam definhando enquanto algumas nacionais nasciam e cresciam. Entre elas a COBRA (Computadores Brasileiros), Dismac, Polimax, Prologica, Brascom, Itautec, entre tantas outras. O maior desafio era produzir equipamentos minimamente capacitados para atender o vasto mercado que se formava, sem importar o equipamento. A capacidade de produzir algum tipo de equipamento era mínima, o que se fazia na verdade era importar os componentes e montar aqui no Brasil, cada marca com suas próprias características de Lay Out, cor, processadores, capacidade de memória, conexões de rede, etc. A Itautec tentava desenvolver alguns softwares, o de texto recebeu o nome de Redator, e outro para cálculos o nome de Calctec. Participava de uma feira de informática chamada SUCESO, realizada no pavilhão do Ibirapuera, a procura era enorme, empresário do Brasil inteiro se moviam para São Paulo, no intuito de conhecerem os novos lançamentos, que invariavelmente eram cópias de alguns modelos produzidos no exterior. No ano de 1984, ficamos sabendo que seria realizada uma feira internacional em Las Vegas, Nevada, a NCC-National Computer Conference, e lá seriam lançados novos modelos e novas tecnologias de equipamentos. E lá fomos nós para esta missão fatigante, passar alguns dias no Hotel Flamingo, com tudo pago, para visitar a feira e é claro fazer uma fezinha nos Cassinos, que ninguém é de ferro. Em uma das visitas a feira, fomos convidados para assistir uma pequena palestra sobre um novo equipamento que o seu inventor, se assim podemos chamar, ia realizar. A apresentação foi fantástica, o equipamento prometia revolucionar o mundo da informática, o nome era meio esquisito para os nossos ouvidos tupiniquins, “Macintosh”, ou simplesmente, “Mac”. Este equipamento já estava sendo comercializada pela empresa Apple inc. e seu proprietário e palestrante da noite estava ali conversando com aquele grupo de brasileiros, explicando que aquele equipamento era o primeiro com interface gráfica e que trabalhava com um microprocessador da Motorola o 68000. Para nós e para o mundo aquele palestrante, ainda era um ilustre desconhecido, mas o tempo mostrou que nós estávamos conversando com uma das maiores inteligências pro ativas do mundo. Três maças influenciaram o destino do mundo. A primeira foi à maça que a Eva ofereceu para o Adão, ele comeu, e deu no que deu. A segunda foi à maça que caiu na cabeça de Isaac Newton, e a terceira e talvez a mais significativa seja a maça do Steve Jobs, o palestrante de 1984. Nos dois primeiros casos acho que não estava presente, mas no terceiro tive o privilegio de estar lá.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
MORREU POR AMOR
Lá pelos anos 80 a Praça da Republica em São Paulo era um local bucólico, porque não dizer romântico, na primavera as flores desabrochavam, as arvores mostravam toda a sua beleza pela abundância de folhas, o pequeno lago no centro da praça acolhiam varias espécies de aves aquáticas e muitas carpas coloridas, um verdadeiro cenário para o idílio, era lá que Lilia naquela tarde de primavera, esperava-o inquieta e aflita, afinal já a alguns dias que ele demonstrava não estar bem de saúde, e por isso estava fazendo alguns exames.
Sempre alegre, brincalhão, disposto a qualquer tipo de brincadeira, agora Luiz Carlos estava triste, cabisbaixo, passava pela sua cabeça graves pensamentos. Acabara de sair do consultório do medico da família, que o declarará portador do vírus HIV. Ele tinha certeza que era o fim de uma vida completamente desregrada e cheia de vicius.
Luiz Carlos tinha levado a vida abastada de uma maneira peculiar principalmente aos jovens ricos e fracos de espírito, que se entregam aos prazeres mundanos da vida, que cobra caros tributos, trazendo doenças e até a ruína.
Bem antes da maioridade, não existia sensações que ele não conhecera, nem qualquer tipo de sacanagem. Quando tinha vontade saia à procura de aventuras, pegava dinheiro com o pai e rumava para suas orgias, segundo ele gozava a vida de todas as formas.
Rico, educado e formado em engenharia graças à insistência de seu pai, levava uma vida completamente desregrada, e agora a casa caiu, sabia que estava condenado à morte.
Ele conhecera Lilia na faculdade que cursara a trancos e barrancos, ela tinha o rosto deslumbrante e uma ingenuidade encantadora, muito diferente das mulheres que estava acostumado há compartilhar seu tempo, Ela também era filha de pais ricos, franzina, de corpo delicado, parecia uma peça de cerâmica que poderia se partir a qualquer toque.
O seu corpo harmonizava com o seu romantismo, acreditava no amor incondicional, este conjunto de candura e pureza encantou a Luiz Carlos, que pela primeira vez conhecia o verdadeiro amor.
Era verdade ele amava a divina Lilia, pela ingenuidade com que ela via o mundo; amava-a pelos lindos olhos verdes, pela suas formas e pelos beijos que imaginava roubar.
Lilia retribuía este amor com grande ternura, afinal foi o primeiro rapaz que lhe falava com carinho e com tanta sabedoria, ele parecia ser muito experiente com as coisas da vida. Lilia aprendeu a ver Luiz Carlos como um homem inteligente, cheio de qualidades, e que a amava muito.
O tempo passou e os sentimentos foram aumentando e estreitando os laços desse amor maravilhoso, e que para ambos até aquele momento era desconhecido.
Foi ai que Luiz Carlos resolveu mudar de vida, resolveu constituir família, ter filhos e ser uma pessoa responsável, iria se dedicar a sua carreira de engenheiro. Rapidamente pediu permissão aos pais de Lilia para noivar, e esqueceu completamente a sua vida desregrada, estava realizado com o amor de Lilia, ele finalmente era um homem feliz.
E agora a vida lhe pregara uma peça, agora que tudo parecia entrar nos eixos veio está noticia, a morte era aterrorizante, morrer, morreria mais cedo ou mais tarde, mas se fosse mais tarde poderia desfrutar da vida com o seu amor. Mas o que mais o perturbava era deixar a Lilia nesse mundo repleto de perigo, e ela com certeza depois de sua morte sofreria por um tempo, mas o tempo cura as feridas e logo, logo, ela poderia estar nos braços de outro homem. O que ela faria? Se manteria fiel ao seu amor, a duvida corroia seus pensamentos, agora sabia que seu fim era próximo e inevitável, não conseguia aceitar que Lilia continua-se viva.
Essa idéia tornou-se uma obsessão e dominou totalmente seus sentimentos e enraizara-se no seu espírito, não que não tivesse confiança no amor de Lilia, sabia que ela era completamente fiel, mas não acreditava que com a sua partida ela poderia viver só de recordações, sofrendo de saudades.
Com esta idéia latejando em sua mente, Luiz Carlos correu ao encontro de Lilia que o esperava lá na Praça da Republica.
Luiz Carlos cabisbaixo caminhou em direção a Lilia que mostrava o maior e mais bonito sorriso que ele já havia visto em toda a sua vida, ele hesitou, mas afinal contou o que o medico havia dito, ela não mudou um centímetro seu sorriso, e disse: “não importa, morreremos juntos” e seriam felizes na outra vida. Parecia que ela lera seus pensamentos, e apoiava sua idéia, que lindo, morreriam juntos, perfeito, Romeu e Julieta dos anos 80.
Rapidamente ela se mudou para a casa do Luiz Carlos e lá viveu intensamente o amor que palpitava em seu peito, foram dias, meses maravilhosos, se transformara numa mulher. Ela não tinha grande constituição física, diferente de Luiz Carlos, que era um homem forte.
Os primeiros sintomas da doença se manifestaram intensamente em Lilia, que recebeu a noticia do medico com estrema naturalidade, afinal seus planos estavam se realizando, em pouco tempo ela se definhou, não mais saia da cama e por fim cerrou seus lindos olhos verdes para sempre.
Luiz Carlos constatou a morte de sua amada com naturalidade, agora ele poderia morrer tranqüilo.
O tempo passou e a doença não se manifestava no Luiz Carlos, os médicos começaram alguns tratamentos novos, tratamentos que poderiam impedir a manifestação do vírus. Ele passou este período com muita indiferença, somente se submetia aos tratamentos por insistência de seu pai, e continuava esperando a morte.
Mas como previra o tempo cura as feridas, e as lembranças dela se diluíam, sua imagem aparecia turva, a saudades diminuía dia a dia.
Após dois anos Luiz Carlos casou-se com Carla uma linda italianinha, de olhos azuis.
E Lilia, bem....... Lilia morreu por amor.
SILVIO BONFIGLIOLI
domingo, 2 de outubro de 2011
O COLAR DE TURQUESAS AZUIS
“O Homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproxima da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Os seus olhos da cor do céu brilharam quando viram determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis, então disse ao balconista: “É para minha irmã, você pode fazer um pacote bonito?” O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: “Quanto dinheiro você tem?” Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou sobre o balcão e disse: “Isso dá, não dá?” Era apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. “Sabe”, continuou, “eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é o aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é a cor dos olhos dela.” O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul. “Tome”, disse para a garotinha, “leve com cuidado”. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou? “Este colar foi comprado aqui?” “Sim senhora”, respondeu o dono da loja, “e quanto custou?” “Ah!” falou o lojista, “o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente”. “Mas minha irmã tinha somente algumas moedas, e este colar é verdadeiro, não é? Ela não tinha dinheiro para pagar por ele”. O Homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: “Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar, ela deu tudo que tinha.””(texto extraído do livro Remotos Cânticos de Belém) A vida me ensinou que quando nós queremos alguma coisa devemos DAR TUDO QUE TEMOS trabalhar com comprometimento, desprendimento, muito amor e não medir esforços para atingir o objetivo e alcançar a vitória. “No que diz respeito ao desempenho ao compromisso, ao esforço, a dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”. (Airton Senna)
sábado, 24 de setembro de 2011
VELHO É A MÃE!
Hoje eu sei que não vale à pena trocar toda a experiência de uma vida, por menos cabelos brancos ou ainda por uma barriga de tanquinho. Enquanto eu ia envelhecendo fui-me tonando muito mais maleável mais flexível e muito menos critico comigo mesmo. Eu como o que quero ,quando quero, e o quanto quero, não me recrimino porque comprei pela internet algo completamente inútil, como um receptor de TV digital para computador, sem lembrar que aqui em Ubatuba não tem recepção de TV Digital. Eu tenho todo o direito do mundo de fazer o que quero afinal eu sou um sexagenário.
Já presenciei muitas pessoas partirem desta para melhor sem conseguir entender a magnífica independência que vem no bojo do envelhecimento. Quem é que tem a coragem de me censurar porque fiquei até as quatro da manhã no computador, jogando pôquer com um monte de amigos que nunca vi e provavelmente nunca verei.
Freqüentemente eu me pego dançando e cantando algum sucesso dos anos 60 e 70, recordando do velho salão de dança, Garitão, lá no bairro de Santana, ponto de encontro de periguetis e outras “cositas mas”, que hoje devem estar desfilando seus enormes maiôs esticados sobre um corpo decadente como o meu.
Eu estou esquecendo muitas coisas, mas graças a Deus que é assim, existe coisas que fizemos que devemos esquecer mesmo. Eu só quero me lembrar das coisas que me fizeram feliz. Quebrei o coração algumas vezes, mas como não quebrar quando se perde um ente querido, quando se muda de uma cidade e toda uma vida fica para traz. Quanto mais sofremos com o coração partido, mais fortes e perspicazes nos tornamos.
Quanto mais o tempo passa mais otimista eu fico, não dou mais bola para o que os outros podem estar pensando, eu hoje tenho todo o direito do mundo de estar errado. Sei que não sou imortal, portanto não tenho tempo de ficar me lamentando por aquilo que poderia ter feito ou mesmo o que não deveria ter feito.
Já ouvi muitas pessoas exclamarem, “Há! Se nos meus vinte anos eu tivesse a experiência que tenho hoje”. Grande engano, uma pessoa com vinte anos com a experiência de um sexagenário seria um tremendo mala e com certeza seria rejeitado pelos amigos. Só vivendo intensamente é que adquirimos experiência, esta mesma experiência que nos torna pessoas sabias e muito mais eficientes na vertical e principalmente na horizontal.
Lamentavelmente os mais jovens não sabem dar o devido valor a esta experiência, e freqüentemente tentam colocar os veteranos no banco de reserva, como se a vida fosse um grande jogo de futebol, onde o que importa é o fôlego e não a experiência. É por isso que eu digo: “A juventude é uma doença que a idade cura.” Antes que eu me esqueça, ”Velho é a mãe!”
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli
sábado, 17 de setembro de 2011
O Pato Donald bota ovo
Eu sempre gostei muito de revista em quadrinhos, (Gibi) era viciado, almoçava e jantava lendo estas revistinhas. A minha mãe não gostava disso, mas fazia vistas grossas, exatamente como fazemos hoje, com as nossas crianças que ficam vidradas na frente da TV, do game ou internet. Desde aquela época já notava algumas coisas estranhas nos personagens das revistinhas. Como é que pode um cara correr pelado, gritando feito louco e ainda ficar rolando pelo mato com um monte de macaco. Logo depois descobri que ele era um Lorde, podre de rico na Inglaterra. Esse Tarzan era meio 13. E o Ali Baba abria um rochedo só berrando: “Abra-te Cesamo”, e roubava o tesouro de uma quadrilha de 40 ladrões, que provavelmente faziam parte da base aliada de algum governo Petista. “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. E aquele moleque de madeira chamado Pinóquio mentia mais que o José Dirceu e o Palocci juntos, e deixava seu pai, avô, sei lá o que, meio doido. O Zé colméia e o Catatau roubavam comida dos turistas, sem manipular as licitações. O Super Homem também era 13. Como um cara com superpoderes veste uma roupa ridícula e ainda veste a cueca por cima da roupa. A Branca de Neve coitadinha foi abandonada no meio do mato, e viveu um tempão numa boa com Sete taradinhos. Pensando bem quase todos os personagens de histórias em quadrinho tinham algum problema de comportamento. Certamente porque seus idealizadores transferiam estes problemas para suas crias. Edgar Rice Burroughs nasceu no ano de 1875 em Chicago, nos EUA. Foi o criador de Tarzan e de um tal de Jonh Carter, herói da guerra civil americana que foi abduzido por marcianos verdes, salvou uma princesa inimiga e se meteu na guerra civil em Marte. Pior que essa história, só o mensalão do Lula. Colecionava as revistinhas do Pato Donal, os almanaques do Tio Patinhas, toda terça feira passava pela banca de jornal e comprava as revistas, e até hoje achava que era um grande conheçedor dos personagens de Walt Disney. Esta semana li um artigo no jornal que me deixou surpreso. O Pato Donald, nunca foi pato, na verdade é um marreco, os patos têm uma membrana vermelha no bico, o Donald não tem esta membrana. Se fosse só isso eu até agüentava, mas o pior estava por vir. O escritor do artigo revela que o Donald alem de não ser pato, também não é marreco, é uma marreca. Só os marrecos-femeas têm aquele rabicho proeminente e sacolejante, como o Donald exibe e vive balançando. Eu fui enganado por um personagem de Gibi, apostei todas as minhas fichas nele, fui seu fã numero um, fiz campanha e o elegi como meu personagem favorito, e de repente descobri que comprei gato por lebre, ou melhor, Marreca por Pato. “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade.” Esta frase é do Walt Disney, criador do Pato Donald, ou seja, lá, o que ele ou ela for. Como é que o Walt pode fazer isso comigo. Espere um pouco! E o Mickey? Será que não é uma ratona tipo a Ideli Salvatti
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
CONTRA CULTURA
Para quase tudo na vida existe alguma controvérsia, nem tudo que é escrito ou falado pode ser considerado como a única alternativa para uma determinada questão, mesmo porque, como dizia Nelson Rodrigues, “Toda unanimidade é burra”.
“ Existem pessoas espalhadas por todo o mundo, preocupadas com tudo! Preocupadas com ar, com a água, com o solo, com inseticidas, pesticidas, aditivos na comida, causas do câncer, com gás randon, com abortos, e em salvar espécies ameaçadas. Salvar espécies ameaçadas e só mais uma tentativa arrogante dos humanos de controlar a natureza. Mais de 90% de todas as espécies que já viveram neste planeta se foram! Estão extintas! E não foi o ser humano que matou todas elas! Elas simplesmente desapareceram! Isto é a natureza.
Todo mundo agora vai salvar alguma coisa. Salvem as arvores! Salvem as abelhas! Salvem as baleias! Salvem os caracóis! E a maior arrogância de todas! Salvem o planeta! Nós não sabemos nem cuidar de nos mesmos, não sabemos cuidar um dos outros, e queremos salvar o planeta.
Não tem nada de errado com o planeta! O planeta vai bem obrigado! As pessoas é que estão ferradas! Comparado com as pessoas o planeta está ótimo!O planeta existe a 4,5 bilhões de anos, a gente esta aqui a 100 mil, talvez 200 mil anos, e só ficamos engajados com indústria pesada há pouco mais de 200 anos. E nós temos a presunção de que de alguma forma a gente é uma ameaça! Que de alguma forma vamos ameaçar esta linda bola verde-azulada que só flutua ao redor do sol.
O planeta já passou por varias coisas piores que nós. Já passou por terremotos, vulcões, placas tectônicas, movimento de continentes, raios solares, manchas solares, tempestades magnéticas, inversão magnética dos pólos, centenas de milhares de anos bombardeada por cometas, asteróides e meteoros, dilúvio, maremotos, incêndios globais, erosão, raios cósmicos, erra glacial recorrentes, e nos pensando que algumas latas de alumínio e sacolas plásticas vão fazer a diferença? O planeta não vai para lugar nenhum! Nós vamos! Nós vamos embora!
O planeta estará aqui por muito, muito, muito tempo depois de a gente ter partido. Ele vai se curar, vai se limpar, porque é isso que ele vem fazendo por todos estes bilhões de anos. É um sistema que se auto-corrige. O ar, a água vai se recuperar. A terra será renovada, e se é verdade que o plástico não é degradável, o planeta vai simplesmente incorporar o plástico em um novo paradigma: A terra + plástico.
A terra não compartilha nosso preconceito sobre o plástico. O plástico saiu da terra. A terra provavelmente só vê o plástico como mais um de seus filhos. Pode ser a única razão pela qual a terra nos deixou sermos gerados a partir dela, ela queria plástico, não sabia como fazer, precisava de nós. Pode ser a resposta daquela eterna pergunta filosófica: “Porque estamos aqui”. Para produzir plástico....Idiotas! Então o plástico esta aqui, nosso trabalho acabou, podemos ser eliminados. Eu acho que isso já começou.
Se o planeta nos vê como uma ameaça, ela já está providenciando sua defesa, vai se defender como um grande organismo, como uma colméia, ou um formigueiro, o que você faria se fosse o planeta tentando se defender dessa “espécie incômoda e encrenqueira”. Talvez Vírus? Nós somos vulneráveis a vírus. E vírus são engenhosos, sempre mutando e formando novas seqüências sempre que uma vacina é desenvolvida. Um vírus que comprometa o sistema imunológico das pessoas, um vírus da imunodeficiência humana que nós tornemos vulneráveis a todas as outras infecções e doenças que aparecerem, e que possa ser transmitido sexualmente”.
Este texto faz parte de uma apresentação do polêmico comediante norte-americano, ícone da contra cultura, falecido em 22/06/08, George Dennis Patrik Carlin, serve para se refletir a respeito, de como estamos conduzindo as coisas relativas à natureza. O grande objetivo deve ser salvar as pessoas, tentar salvar o ser humano. Trazendo o problema para o nosso palco, as políticas de conservação não devem prejudicar as comunidades da nossa região. No conflito entre conservação e desenvolvimento social, os caiçaras, os povos indígenas, quilombolas, pescadores e ribeirinhos são expulsos de suas terras por políticas equivocadas de “conservação” do meio ambiente. O homem não pode ser considerado o inimigo publico numero um da natureza e impedir que estas comunidades permaneçam em seus territórios ocupados a centenas de anos, ou impedir o modo tradicional de exploração do mesmo. Só acabam com a extinção destas comunidades, que poderiam ser parceiras do estado para proteger centenas de milhares de hectares de áreas extremamente valorizadas e dificultar a exploração imobiliária e outras atividades degradantes. “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de dizereres”. (Voltaire)
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
domingo, 4 de setembro de 2011
PROBABILISMO
Se alguém lhe perguntasse "O que você conhece?", você poderia pensar em uma porção de coisas, a maioria delas adquiridas em sua experiência cotidiana. Mas se a pessoa insistisse e perguntasse "Algo do que você sabe é realmente verdade? Apostaria sua vida nisso?", essas questões complicariam um bocado as coisas. Alguém, por exemplo, poderia dizer que tem certeza que é filho dos seus pais, mas talvez ele tivesse sido adotado ou trocado na maternidade e estar enganado a esse respeito. Poderia ainda estar enganado sobre uma série de outras coisas que até então julgava certas. E se reparar direito, tudo o que temos são crenças, algumas até muito razoáveis, mas nada de que possamos dizer que é uma verdade irrefutável. Percebo, então, que falta um parâmetro para examinar as crenças e verificar quais são realmente certas e quais são falsas. Você deve estar cansado de ver por aí grupos de pessoas com crenças estranhas, que dizem que eles estão certos e todos os outros enganados. Nesse caso, como decidir quem está certo? Votando? Mas se a maioria estiver errada e o pequeno grupo estiver certo, nunca conheceremos a verdade porque eles sempre perderão nas votações. É preciso que se trate de uma verdade universal, isto é, válida para todos, tanto para a maioria quanto para as minorias. Para mim a única verdade universal é a existência de Deus, mas esta é a minha verdade, muitos podem ser céticos a respeito. O termo cético vem da palavra grega skepsis, que significa "exame". Atualmente, dizemos que uma pessoa cética é alguém que não acredita em nada, mas não é bem assim. Um cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob exame, a fim de verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não. . Atualmente, alguns defendem o parâmetro do probabilismo, ou seja, na impossibilidade de encontrarmos verdades absolutas, seja pelas limitações de nossos sentidos e intelecto, seja pela complexidade da realidade, devemos tratar nossas crenças atentando para a probabilidade, se algo acontece sempre à probabilidade de acontecer de novo é grande. Portanto se um determinado ParTido político tem o péssimo costume de enganar, ludibriar, esconder a verdade, for conivente com falcatruas, a probabilidade de tudo isso continuar acontecendo e de se alastrar pelos municípios do Brasil, é grande. E usando deste conceito do probabilismo, e como eu nunca perdi uma eleição, afirmo aos incautos e marinheiros de primeira viagem. “Eu vou ganhar as eleições
Esta matéria foi executada tomando-se por base texto elaborado por Josué Candido da Silva.
Esta matéria foi executada tomando-se por base texto elaborado por Josué Candido da Silva.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
MARCOS LEOPOLDO GUERRA
Senhor Marcos Guerra
Eu sinceramente não sei por que o senhor tenta denegrir as pessoas que fazem parte deste meu grupo que governa a cidade, porem gostaria de lembrar que nós tivemos o mérito de ganhar todas as eleições municipais que disputamos desde 1992, este fato por si só já demonstra a nossa competência, não acha?
O senhor tem uma grande má vontade em admitir que a cidade de Ubatuba está bem melhor do que estava antes de 2005, deve ter seus motivos, mas com certeza não deve ser nada que leve em consideração a coletividade e o bem comum. Com certeza é alguma coisa particular e pontual.
Talvez o fato de termos DUPLICADO todo o asfalto feito em Ubatuba desde a sua emancipação não o tenha agradado.
Quem sabe o senhor a exemplo do Governador do Rio de Janeiro também não goste de Bombeiros e por isso era contra Ubatuba ter um CORPO DE BOMBEIROS. Ou ainda não goste de atores, comediantes, e por isso não quer TEATRO em Ubatuba.
Ou ainda sofre de enjoou quando viaja de NAVIO DE CRUZEIRO, e fica traumatizado só de vê-los parado na Bahia de Ubatuba.
Pode ser que o senhor gostava de andar naquela roda gigante podre que ficava na avenida, que nós tivemos que tirar para construir a PRAÇA DE EVENTOS E A NOVA AVENIDA.
Quem sabe também não goste muito de turistas, e agora com o CENTRO DE CONVENÇÕES, alem da temporada, também durante o ano eles (turistas) estarão por aqui.
Já sei o senhor não gostou das outras DUAS PISCINAS que construímos na cidade porque também tem trauma de água. Não gostou das QUADRAS POLIESPORTIVAS E POSTOS DE SAUDES, que foram construídas pelos três cantos da cidade, norte, sul e oeste? No canto leste não construímos quadras porque tem muita água, mas implantamos varias FAZENDAS DE MARICULTURA, fonte de renda para muitas famílias que o senhor nunca viu nem em fotos. O senhor não gosta de mariscos?
Será que o senhor estava trazendo alguns parentes para morar aqui em Ubatuba e pretendia construir uns barraquinhos em alguma ÁREA CONGELADA, mas sabe, já conseguimos regularizar algumas áreas e até já demos ESCRITURA definitiva para os moradores.
Então o problema é o LIXÃO? O senhor gostava de ficar lá no antigo lixão, sentindo aquele cheiro peculiar. Ele foi transformado em aterro sanitário e depois foi DESATIVADO e hoje é uma área gramada,(tem até asfalto) só que não tem mais cheiro nenhum. Sinto muito.
O senhor não gostou da ESCOLAS construídas no Horto e no IPIRANGUINHA que é maior escola Municipal do litoral norte, ou qualquer outra, afinal são tantas escolas, e CRECHES.
O senhor gostava mais da Santa Casa do jeito que era antes? Com os funcionários pedindo esmola nas esquinas para comprar alimento para os doentes. Também não gostou da ALA NOVA que nós construímos que aumentou em 80% a área construída. E a nova SALA DE PARTO? Não gostou? Nem dos EQUIPAMENTOS? Antes não tinha nem aparelho de eletrocardiograma, lembra? Falta muito, mas acho que hoje está um pouco melhor.
O senhor não gostou dos CHAFARIZES, e nem dos LAGUINHOS da nova Praça 13 de Maio? Não gosta de fazer exercício e não queria aqueles aparelhos especiais para pessoas da Terceira Idade, colocados na Praça Alberto Santos(da Baleia).Nem da quadra poliesportivo e parquinho na Praça Tereza Cesar no Pereque Açu? Ou foi só do nome da praça que o senhor não gostou? Gostaria que fosse algum nome que lembra-se conflito ou guerra? Quem sabe um dia algum vereador o homenageie e coloque o seu nome em uma praça. Só tem um problema, o homenageado tem que estar MORTO.
Todos nos sabemos que a cidade não esta perfeita, que temos muito trabalho pela frente, e com certeza este trabalho seria mais fácil se não existi-se pessoas como o senhor que nada fazem para ajudar e só produzem dificuldades para a administração. O senhor lá no fundo de seu coração sabe que as acusações levantadas contra a administração são meras fofocas, e que não levam a nada, muito menos a qualquer acordo financeiro. Só lamento a nossa perda de tempo, tendo que desmentir os seus devaneios, no Judiciário, o mesmo Judiciário que o Senhor acha incompetente.
Não existe ser humano perfeito, com certeza nós também não somos, estamos cheios de defeitos, quando digo nós, quero dizer eu e o senhor. Eu o estou incluindo no rol dos imperfeitos, acho que não o estou ofendendo, a não ser que o senhor se ache perfeito.
Quanto a mim, nós temos alguns amigos em comum, e eu sei que eles já devem ter comentado sobre a minha conduta como homem, marido, pai, avô e profissional, portanto ponha a mão na consciência e não cometa injustiças.
Chego ao serviço, para trabalhar, todos os dias antes das 8 horas, visito quase que diariamente todos os setores do Paço. Cumpro com as minhas obrigações, a minha sala sempre esta com a porta aberta, e atendo a todos que me procuram, e administro a secretária, primeiro com amor, e em segundo com mais amor.
Tudo que quero é ser útil, em todos os momentos e a quem quer que seja desde que possa estar fazendo o bem sem olhar a quem. Não aumentei o meu patrimônio desproporcionalmente ao meu salário, e ainda pago dois empréstimos no Banco do Brasil. Quem me ataca gratuitamente como o senhor, está cometendo uma grande leviandade. Procure me conhecer melhor, converse com os funcionários públicos que trabalham comigo antes de me criticar.
Infelizmente para o senhor e felizmente para a cidade, o senhor não esta no meu lugar, e se depender de mim nunca estará. Eu vou orar para que o senhor não vire nome de praça tão cedo. Para a sua felicidade, Deus costuma atender as minhas orações.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail
domingo, 21 de agosto de 2011
Quem sabe faz à hora
Esta semana se eu estive-se a fim de meter o pau no governo da Dilma e de sua herança maldita, teria uma infinidade de motivos, a começar pelo Ministério dos Transportes e terminando com as prisões no Ministério do Turismo. Mas como disse, eu não estou a fim de falar destes roubos, vou falar do roubo do nosso direito de progredir. Ubatuba já passou por altos e baixos ao longo de sua história, em l787 o porto de Ubatuba chegou a receber mais de 600 navios durante o ano, a atividade econômica se expandia. Mas por interesses escusos o governante da época decretou que todas as mercadorias só poderiam ser embarcadas e desembarcadas através do porto de Santos, que ficou com o progresso e Ubatuba ficou sozinha com a sua fé. No ano de 1889 toda a produção do Vale do Paraíba e Sul de Minas seria novamente escoada pelo nosso porto. Era o progresso que chegava e junto com ele a prosperidade da população. Para poder transportar esta carga com mais agilidade e diminuir os custos operacionais, alguns empresários se mobilizaram para construir uma ferrovia que ligaria Ubatuba a Taubaté. O projeto foi aprovado o dinheiro estava disponível, a festa foi realizada e lançada a “Pedra Fundamental” da Estação Ferroviária no cruzamento das Ruas Cunhambebe e Liberdade. A Obra caminhava a todo vapor, quando o governo da época, (Floriano Peixoto), acabou com os descontos para a importação dos materiais para a construção da ferrovia o que levou a falência o banco de Taubaté que financiava a construção. O sonho acabou e Ubatuba ficou de novo sozinha com a sua fé. Agora estão regravando este filme, em uma nova superprodução patrocinada pela Petrobras. Os atores principais são indicados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e são dirigidos pela super diretora Dilma. E o nome do filme é “Vamos roubar Ubatuba III” Ubatuba possui cem quilômetros de costa, e por incrível que pareça nos estamos tendo que provar com mapas, cálculos, ofícios, infindáveis reuniões, que nesta nossa costa também tem petróleo e gás, caso contrario Ubatuba vai ficar de novo sozinha com a sua fé. Nós deveríamos receber algumas quirelas por conta do uso do nosso aeroporto, que agora também foi descartado pela Petrobras porque segundo os seus diretores (indicados pelo PT), a empresa não pode ficar a mercê das intempéries climáticas da cidade. Resumindo aqui chove muito e prejudica os pousos e decolagens de seus magníficos aparelhos voadores equipados com instrumentos de vôo da mais alta tecnologia, mas que não devem servir para nada. Por essa desculpa esfarrapada é que agora a Petrobras diz que vai usar o aeroporto de Itanhaem, porque lá sim o tempo é bom e o céu e azul. E por falar em Itanhaem, na década de 70, eu tinha um terreno lá na praia de Cibratel (herança bendita do meu pai) e um dos pontos turísticos da cidade é a “Cama de Anchieta”, uma rocha no formato de cama a beira mar na praia dos Sonhos, a historia narrada pelos moradores era que o Padre José de Anchieta, que fora capturado pelos índios Tamoios ali repousava. E foi ali que ele teve a inspiração para escrever o poema “As virgens” nas areias de Itanhaem. Durma-se com um barulho deste, roubaram o nosso porto, roubaram a nossa ferrovia, roubaram o nosso petróleo, roubaram o nosso aeroporto e também tentam roubar a nossa história. Fomos historicamente roubados no nosso direito de progredir, “águas passadas não movem moinho”. Sei que todas as medidas políticas estão sendo tomadas para reverter esta situação, mas agora esta mais do que na hora da sociedade organizada (Associações, ONGS, Sociedades, Ordem, Jornais, Rádios, Partidos, Blogs, Sites, Etc.) de tomar uma posição contundente contra mais esta exclusão de Ubatuba. Nos não podemos perder o bonde da historia novamente, “Quem sabe faz à hora não espera acontecer
terça-feira, 16 de agosto de 2011
KARARAÔ
A primeira vez que ouvi falar sobre este assunto, foi em 1973, decolamos de Santa Isabel do Morro (Ilha do Bananal) e pousamos em Altamira. Trabalhava na VASP e fazia parte do projeto “Integração Nacional” e por estourar as horas de vôo permitidas tive que tirar a minha folga por lá mesmo.
Os estudos extra-oficiais já estavam em andamento, mas somente em 1975 o então Presidente Ernesto Geisel anunciou oficialmente a construção da Usina hidroelétrica Kararaô, hoje rebatizada de Belo Monte, as margens do Rio Xingu.
Já naquela época a população era totalmente contra o desmatamento de aproximadamente 238 hectares, sendo 64 hectares localizados em Área de Preservação Permanente (APP), é lógico que em 1975 não existia APP.
Em 26 de janeiro de 2011 o IBAMA, deu “autorização de supressão de vegetação” ao Consorcio Norte Energia, as escavações que ocorrerão no local são equivalentes ao Canal do Panamá. A paisagem no local será transformada definitivamente, a obra levará 10 anos para ser concluída e seu custo esta estimado em R$16 bilhões, especialistas afirmam que este valor será triplicado.
Dois dos principais responsáveis pelo licenciamento ambiental pediram demissão do IBAMA alegando que sofriam pressões para liberarem as licenças, lembrando ainda que o processo provocou embate entre a ex-ministra do Meio Ambiente, com a então Ministra da Casa civil , Dilma Rousseff.
O relatório de impacto ambiental encomendado pela Eletrobrás listou em 32 itens os impactos da Hidroelétrica, entre eles: desmatamento, inundação, pesca ribeirinha, alteração da qualidade da água, micro sistemas, perda de recursos extrativistas, danos ao patrimônio ecológico, perda de imóveis, aumento da população, ocupação desordenada, perda do sustento da população indígena, etc.
Eu particularmente sou a favor da sustentabilidade e do progresso sustentável, neste caso acho que existem outras formas de captação de energia menos impactantes, e também mais baratas. O custo- beneficio desta usina é questionável. Se um dia voltar a sobrevoar a região, com certeza não verei mais os índios Karajas caçando e pescando e muito menos a população ribeirinha nadando nas prainhas as margens do Rio Xingu.
Enquanto isso, por aqui no Litoral Norte, os Municípios não conseguem licenciamento ambiental para sequer implantar um aterro sanitário, onde o impacto ambiental e infinitamente menor e o custo-benefício e inquestionável.
s.bonfiglioli@hotmail.com
sábado, 13 de agosto de 2011
OS NOSSOS JOBIMS
Tom Jobim compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violinista, (falecido). O outro, Nelson Jobim é político, o seu currículo é enorme, foi Deputado Federal por Rio Grande do Sul, líder do PMDB, foi relator da denuncia contra Fernando Collor de Melo, e da Revisão Constitucional, foi Ministro da Justiça no governo FHC e Ministro da defesa no governo Lula, foi Ministro do Supremo Tribunal Federal onde foi eleito Vice Presidente e depois Presidente.
Aposentou-se do Supremo Tribunal Federal do Brasil voluntariamente em 29 de março de 2006, pouco antes do termino de seu mandato de presidente da corte. Especulou-se que o motivo de sua aposentadoria precoce teria sido a possível candidatura ao cargo de vice-presidente do Presidente Lula, o que não ocorreu, ele foi traído em uma coligação mensaleira com o PR. Tom Jobim é considerado um dos maiores expoentes da musica brasileira e um dos criadores do movimento da Bossa Nova. É um dos nomes que melhor representa a musica brasileira na segunda metade do século XX e é praticamente uma unanimidade entre críticos e publico em termo de qualidade e sofisticação musical.
A presidente Dilma Rouseeeff (PT) decidiu demitir Nelson Jobim (PMDB) do Ministerio da Defesa. Em uma entrevista a revista Piaui, Jobim chama o governo Dilma de “atrapalhado”, diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é “fraquinha”, e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, “não conheçe Brasilia”, e já declarou em outra oportunidade que havia votado no Serra na ultima eleição para Presidente.
Tom Jobim já não está mais entre nós, deixou um invejavel legado de musicas que abordam a profundidade dos sentimentos do corpo e a da alma, tenho quase certesa que o outro Jobin o Nelson gosta das musicas do Tom. Um cantava suas musicas o outro esprime seus pensamentos sem pensar, mas as vezes a letra da musica e as palavras pronunciadas se entrelaçavam. As musicas do Tom confirmam essa realidade. “ Dilma ofereçe para o Nelson”. INSESATES- A insesates que voce fez/Coração mais sem cuidado/Fez chorar de dor/O sem amor/Um amor tão delicado/Ah, porque voce foi fraco assim/Assim tão desalmado/Ah, não merece ser amado/Vai meu coração ouve a razão/Usa só a sinceridade/Quem semeia vento. Diz a razão/Colhe sempre tempestade/Vai meu coração pede perdão/Perdão apaixonado.
Nelson Jobim (PMDB) não pediu perdão e foi sincero demais e tambem não aceitou que Dilma (PT) enfia-se guela abaixo o José Genoino (PT) como seu assessor. Com todo seu curiculo, com todo seu cabedal de conhecimento foi convidado a se retirar, e foi substituido no seu cargo por Celso Amorim (PT) o mesmo que foi artifice do alinhamento do Brasil com as piores ditaduras do mundo durante o governo Lula (PT), e guiou a politica externa para uma constrangedora proximidade com o regime nuclear do Irã, cujo ápice da insensibilidade foi a recusa brasileira em condenar o apedrejamento de mulheres no país islámico. A covardia diante do ataque boliviano às refinarias da Petrobras foi outra marca do mandato de Amorim. Ele contrariou os principios e valores das Forças Armadas, só o tempo revelará qual será o comportamento dos oficiais-generais diante desta nomeação do homem errado para o lugar errado.
Se lá pela decada de 70 uma cigana ousa-se prever que o Ministro da Defesa do Brasil seria demitido por uma guerrilheira esquerdista alinhada com as ditaduras de Cuba eu com certeza teria esculachado a profetiza. Só me resta oferecer a Dilma uma das mais famosas musicas do Tom Jobim-Aguas de Março: É pau, é pedra, é o fim do caminho....
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
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