Minha geração é conhecida como geração Baby Boomers, a que nasceu entre 1946 e 1964, cresceu em frente da TV assistindo Jovem Guarda, dançando Rock and Roll ao som de Elvis Presley, Bob Dylan, Beatles e Rolling Stones, tomamos conta das ondas sonoras e demos aos Boomers a identidade de uma geração. Parece que a vida era mais simples, mas por incrível que pareça naquela época eu já ouvia meus pais dizerem que a vida deles na juventude era mais simples. Ou é um déjà vu ou as coisas se repetem provavelmente os meus filhos e netos, geração X e Y, daqui a alguns anos irão dizer que as coisas eram mais simples. Mas de uma coisa eu tenho certeza, a minha geração, a geração Baby Boomer é muito mais ativa e menos egoísta, criamos a famosa frase, “não confie em ninguém com mais de trinta anos”, criamos o movimento das mulheres, o movimento pelos direitos civis, contestamos a ditadura, saímos nas ruas em todo tipo de movimento, principalmente lutamos contra as injustiças, ou melhor, continuamos lutando. As gerações surgem em quatro círculos, os quais geralmente duram de 80 a 100 anos. Os ciclos giram, começam com uma geração idealista, passando para uma reativa, seguida de uma geração com consciência cívica e, finalmente chegando a uma geração de adaptação, que, mais uma vez direciona para uma geração idealista, Juntos, os quatro ciclos compõem uma “século”. A minha geração pertence à geração “idealista”, “ do século milenar”, os nossos filhos, a geração “reativa” (X), já os nossos netos pertencem à geração com “consciência cívica” (Y), muitos já estão completando 16 anos e já estão tirando o titulo de eleitor. Infelizmente, Lula, Dilma, Palocci, Zé Dirceu, são da geração Baby Boomer, assim como 70% dos senadores, 62% dos deputados, 74% dos governadores, a geração que um dia jurou combater a autoridade, de repente passou a ser a autoridade. Eu sempre tive muito orgulho de pertencer à geração Baby Boomer, mas atualmente, lendo e vendo as falcatruas patrocinadas por políticos, principalmente por integrantes do PT, lembro das palavras de Ruy Barbosa. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”, e acrescento. E de pertencer a esta geração de corruptos. SILVIO BONFIGLIOLI s.bonfiglioli@hotmail
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