Esta semana se eu estive-se a fim de meter o pau no governo da Dilma e de sua herança maldita, teria uma infinidade de motivos, a começar pelo Ministério dos Transportes e terminando com as prisões no Ministério do Turismo. Mas como disse, eu não estou a fim de falar destes roubos, vou falar do roubo do nosso direito de progredir. Ubatuba já passou por altos e baixos ao longo de sua história, em l787 o porto de Ubatuba chegou a receber mais de 600 navios durante o ano, a atividade econômica se expandia. Mas por interesses escusos o governante da época decretou que todas as mercadorias só poderiam ser embarcadas e desembarcadas através do porto de Santos, que ficou com o progresso e Ubatuba ficou sozinha com a sua fé. No ano de 1889 toda a produção do Vale do Paraíba e Sul de Minas seria novamente escoada pelo nosso porto. Era o progresso que chegava e junto com ele a prosperidade da população. Para poder transportar esta carga com mais agilidade e diminuir os custos operacionais, alguns empresários se mobilizaram para construir uma ferrovia que ligaria Ubatuba a Taubaté. O projeto foi aprovado o dinheiro estava disponível, a festa foi realizada e lançada a “Pedra Fundamental” da Estação Ferroviária no cruzamento das Ruas Cunhambebe e Liberdade. A Obra caminhava a todo vapor, quando o governo da época, (Floriano Peixoto), acabou com os descontos para a importação dos materiais para a construção da ferrovia o que levou a falência o banco de Taubaté que financiava a construção. O sonho acabou e Ubatuba ficou de novo sozinha com a sua fé. Agora estão regravando este filme, em uma nova superprodução patrocinada pela Petrobras. Os atores principais são indicados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), e são dirigidos pela super diretora Dilma. E o nome do filme é “Vamos roubar Ubatuba III” Ubatuba possui cem quilômetros de costa, e por incrível que pareça nos estamos tendo que provar com mapas, cálculos, ofícios, infindáveis reuniões, que nesta nossa costa também tem petróleo e gás, caso contrario Ubatuba vai ficar de novo sozinha com a sua fé. Nós deveríamos receber algumas quirelas por conta do uso do nosso aeroporto, que agora também foi descartado pela Petrobras porque segundo os seus diretores (indicados pelo PT), a empresa não pode ficar a mercê das intempéries climáticas da cidade. Resumindo aqui chove muito e prejudica os pousos e decolagens de seus magníficos aparelhos voadores equipados com instrumentos de vôo da mais alta tecnologia, mas que não devem servir para nada. Por essa desculpa esfarrapada é que agora a Petrobras diz que vai usar o aeroporto de Itanhaem, porque lá sim o tempo é bom e o céu e azul. E por falar em Itanhaem, na década de 70, eu tinha um terreno lá na praia de Cibratel (herança bendita do meu pai) e um dos pontos turísticos da cidade é a “Cama de Anchieta”, uma rocha no formato de cama a beira mar na praia dos Sonhos, a historia narrada pelos moradores era que o Padre José de Anchieta, que fora capturado pelos índios Tamoios ali repousava. E foi ali que ele teve a inspiração para escrever o poema “As virgens” nas areias de Itanhaem. Durma-se com um barulho deste, roubaram o nosso porto, roubaram a nossa ferrovia, roubaram o nosso petróleo, roubaram o nosso aeroporto e também tentam roubar a nossa história. Fomos historicamente roubados no nosso direito de progredir, “águas passadas não movem moinho”. Sei que todas as medidas políticas estão sendo tomadas para reverter esta situação, mas agora esta mais do que na hora da sociedade organizada (Associações, ONGS, Sociedades, Ordem, Jornais, Rádios, Partidos, Blogs, Sites, Etc.) de tomar uma posição contundente contra mais esta exclusão de Ubatuba. Nos não podemos perder o bonde da historia novamente, “Quem sabe faz à hora não espera acontecer

domingo, 21 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
KARARAÔ
A primeira vez que ouvi falar sobre este assunto, foi em 1973, decolamos de Santa Isabel do Morro (Ilha do Bananal) e pousamos em Altamira. Trabalhava na VASP e fazia parte do projeto “Integração Nacional” e por estourar as horas de vôo permitidas tive que tirar a minha folga por lá mesmo.
Os estudos extra-oficiais já estavam em andamento, mas somente em 1975 o então Presidente Ernesto Geisel anunciou oficialmente a construção da Usina hidroelétrica Kararaô, hoje rebatizada de Belo Monte, as margens do Rio Xingu.
Já naquela época a população era totalmente contra o desmatamento de aproximadamente 238 hectares, sendo 64 hectares localizados em Área de Preservação Permanente (APP), é lógico que em 1975 não existia APP.
Em 26 de janeiro de 2011 o IBAMA, deu “autorização de supressão de vegetação” ao Consorcio Norte Energia, as escavações que ocorrerão no local são equivalentes ao Canal do Panamá. A paisagem no local será transformada definitivamente, a obra levará 10 anos para ser concluída e seu custo esta estimado em R$16 bilhões, especialistas afirmam que este valor será triplicado.
Dois dos principais responsáveis pelo licenciamento ambiental pediram demissão do IBAMA alegando que sofriam pressões para liberarem as licenças, lembrando ainda que o processo provocou embate entre a ex-ministra do Meio Ambiente, com a então Ministra da Casa civil , Dilma Rousseff.
O relatório de impacto ambiental encomendado pela Eletrobrás listou em 32 itens os impactos da Hidroelétrica, entre eles: desmatamento, inundação, pesca ribeirinha, alteração da qualidade da água, micro sistemas, perda de recursos extrativistas, danos ao patrimônio ecológico, perda de imóveis, aumento da população, ocupação desordenada, perda do sustento da população indígena, etc.
Eu particularmente sou a favor da sustentabilidade e do progresso sustentável, neste caso acho que existem outras formas de captação de energia menos impactantes, e também mais baratas. O custo- beneficio desta usina é questionável. Se um dia voltar a sobrevoar a região, com certeza não verei mais os índios Karajas caçando e pescando e muito menos a população ribeirinha nadando nas prainhas as margens do Rio Xingu.
Enquanto isso, por aqui no Litoral Norte, os Municípios não conseguem licenciamento ambiental para sequer implantar um aterro sanitário, onde o impacto ambiental e infinitamente menor e o custo-benefício e inquestionável.
s.bonfiglioli@hotmail.com
sábado, 13 de agosto de 2011
OS NOSSOS JOBIMS
Tom Jobim compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violinista, (falecido). O outro, Nelson Jobim é político, o seu currículo é enorme, foi Deputado Federal por Rio Grande do Sul, líder do PMDB, foi relator da denuncia contra Fernando Collor de Melo, e da Revisão Constitucional, foi Ministro da Justiça no governo FHC e Ministro da defesa no governo Lula, foi Ministro do Supremo Tribunal Federal onde foi eleito Vice Presidente e depois Presidente.
Aposentou-se do Supremo Tribunal Federal do Brasil voluntariamente em 29 de março de 2006, pouco antes do termino de seu mandato de presidente da corte. Especulou-se que o motivo de sua aposentadoria precoce teria sido a possível candidatura ao cargo de vice-presidente do Presidente Lula, o que não ocorreu, ele foi traído em uma coligação mensaleira com o PR. Tom Jobim é considerado um dos maiores expoentes da musica brasileira e um dos criadores do movimento da Bossa Nova. É um dos nomes que melhor representa a musica brasileira na segunda metade do século XX e é praticamente uma unanimidade entre críticos e publico em termo de qualidade e sofisticação musical.
A presidente Dilma Rouseeeff (PT) decidiu demitir Nelson Jobim (PMDB) do Ministerio da Defesa. Em uma entrevista a revista Piaui, Jobim chama o governo Dilma de “atrapalhado”, diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é “fraquinha”, e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, “não conheçe Brasilia”, e já declarou em outra oportunidade que havia votado no Serra na ultima eleição para Presidente.
Tom Jobim já não está mais entre nós, deixou um invejavel legado de musicas que abordam a profundidade dos sentimentos do corpo e a da alma, tenho quase certesa que o outro Jobin o Nelson gosta das musicas do Tom. Um cantava suas musicas o outro esprime seus pensamentos sem pensar, mas as vezes a letra da musica e as palavras pronunciadas se entrelaçavam. As musicas do Tom confirmam essa realidade. “ Dilma ofereçe para o Nelson”. INSESATES- A insesates que voce fez/Coração mais sem cuidado/Fez chorar de dor/O sem amor/Um amor tão delicado/Ah, porque voce foi fraco assim/Assim tão desalmado/Ah, não merece ser amado/Vai meu coração ouve a razão/Usa só a sinceridade/Quem semeia vento. Diz a razão/Colhe sempre tempestade/Vai meu coração pede perdão/Perdão apaixonado.
Nelson Jobim (PMDB) não pediu perdão e foi sincero demais e tambem não aceitou que Dilma (PT) enfia-se guela abaixo o José Genoino (PT) como seu assessor. Com todo seu curiculo, com todo seu cabedal de conhecimento foi convidado a se retirar, e foi substituido no seu cargo por Celso Amorim (PT) o mesmo que foi artifice do alinhamento do Brasil com as piores ditaduras do mundo durante o governo Lula (PT), e guiou a politica externa para uma constrangedora proximidade com o regime nuclear do Irã, cujo ápice da insensibilidade foi a recusa brasileira em condenar o apedrejamento de mulheres no país islámico. A covardia diante do ataque boliviano às refinarias da Petrobras foi outra marca do mandato de Amorim. Ele contrariou os principios e valores das Forças Armadas, só o tempo revelará qual será o comportamento dos oficiais-generais diante desta nomeação do homem errado para o lugar errado.
Se lá pela decada de 70 uma cigana ousa-se prever que o Ministro da Defesa do Brasil seria demitido por uma guerrilheira esquerdista alinhada com as ditaduras de Cuba eu com certeza teria esculachado a profetiza. Só me resta oferecer a Dilma uma das mais famosas musicas do Tom Jobim-Aguas de Março: É pau, é pedra, é o fim do caminho....
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
“FAÇA-SE A PAIXÃO”
Deus criou o universo, criou o homem e de lá para cá vem orientando, ensinando e influenciando os caminhos da humanidade.
Noé recebeu a missão de construir a arca para salvar as espécies do dilúvio, Moises retirou seu povo do Egito, abriu o mar, e recebeu do próprio Deus os dez mandamentos, outros exemplos poderiam ser lembrados, mas estes já são suficientes para ilustrar este meu pensamento.
No inicio do século passado a carestia imperava no mundo todo, as pessoas saiam de sua terra natal a procura de uma nova vida em outros países, o Brasil recebeu de braços abertos, Italianos, Espanhóis, Portugueses, japoneses, e varias outras nacionalidades, e todos tinham em mente a conquista da felicidade.
Mas faltava alguma coisa, eles não tinham raízes, seus entes queridos ficaram além mar, existia uma melancolia uma tristeza no coração, foi então que Deus resolveu dar a aqueles imigrantes e a todos os Brasileiros um motivo maior de alegria e felicidade, alguns Italianos e Espanhóis, se reuniram em uma esquina de São Paulo no bairro do Bom Retiro, iluminados por um lampião de gás e principalmente por Deus, obedeceram à ordem Divina, “Faça-se a Paixão”, e eis que no dia 1° de setembro do ano do senhor de 1910 foi criado o Corinthians Paulista, a Paixão de uma nação de mais de 25 milhões de pessoas.
Cem anos de glorias e conquistas se passaram, a nação ficou maior que a população da Austrália, do Chile, é metade da população da Itália, 2/3 da Espanha, 3/4 da Argentina, e vem crescendo a taxas incríveis, mas independentemente de vitórias, a paixão de ser Corintiano extrapola este paradigma de vencer, vencer e vencer, ser Corintiano é ir além de ser ou não ser o primeiro, como já cantou Toquinho, ser Corintiano e ser fiel a sua paixão.
Para os materialistas existe Charles Darwin que explica em sua Teoria da Evolução, que todo ser nasce perfeito, portanto o ser humano nasce Corintiano, e por algum problema de formação ou mesmo no parto, alguns poucos sofrem uma metamorfose é se transformam em anticorintiano, e nos seres perfeitos compreendemos e até consolamos estas pessoas, do contra, por não poderem viver e sentir as nossas emoções, a alma vibrar a carne tremer e o coração explodir de paixão só em ouvir o Hino desta nação alvinegra. Parabéns Timão, ou melhor, Parabéns Paixão.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail.com
SACO CHEIO
Costumo abordar nesta coluna temas que envolvam problemas políticos e sociais, vou entrar em uma seara que não havia abordado antes, mas não deixa de ser uma questão social, que é a paixão nacional do brasileiro, o futebol, ou melhor, os torcedores da nobre arte.
Quase todo brasileiro durante sua vida faz uma opção, pelo time que vai torcer e dedicar o seu amor, pelo menos é o que parece.
Porem nestes últimos tempos noto um sintoma que foge desta realidade, e entra na raia da paranóia . Recebo diariamente dezenas de e-mail de palmeirenses, santistas, são paulinos, flamenguistas, bagaceirences, casca de feridençes e até de caixapregences, todos revelando um único objetivo, tentar esculhambar os corintianos.
Eu já desconfiava, mas agora ficou publico e notório que realmente existe apenas duas torcidas no Brasil, aqueles que optaram sabiamente por torcer pelo único time que realmente transforma o simples fato de torcer, em religião, em amor, em garra, em adrenalina em fidelidade eterna, que é o S.C.Corinthians Paulista, e os outros que fingem que torcem por algum timeco, mas que na verdade se realizam torcendo contra e azarando o Corinthians. As vitórias ou derrotas de seus timecos não têm a mínima importância, o que importa realmente são os tropeços do Corinthians.
Para não perder o costume, coloco as palavras do Serra neste contesto. “O lula está acima do bem e do mal”, pois é o Corinthians também está acima do bem e do mal, ele representa a alma do povo brasileiro, povo este que para conquistar alguma coisa na vida tem que lutar muito, tem que sustentar uma família com o salário mínimo, tem que suportar o transporte coletivo abarrotado, se locomover por horas para chegar ao trabalho, que não tem casa própria, mora em lugares impróprios por falta de recursos, e mesmo assim estampa em seu rosto um largo sorriso, traz em sua alma um grande otimismo por dias melhores, este é a maioria do povo que carrega galhardamente a bandeira do Corinthians, que se identifica com o time principalmente porque as conquistas deste time são tão arduamente conquistadas quanto as suas conquistas.
Não consigo imaginar como seria o futebol brasileiro sem o Corinthians, agora sem alguns outros timecos, sei que não fariam falta nenhuma, já que o objetivo desses torcedores é só torcer contra, tanto faz para qual timeco fingem torcer.
Infelizmente estes torcedores do contra, que conseguem atingir o orgasmo com o membro dos outros, nunca saberão o que é torcer realmente para um time de verdade, por uma verdadeira comoção nacional, uma nação que se agiganta independentemente de derrotas ou vitórias, o que importa na vida é viver intensamente todos os momentos, e só os corintianos sabem o quanto é intenso viver a vida com o Corinthians no coração.
E para aqueles que torcem contra e que demonstram uma total ignorância a respeito da tradição e das conquistas do Corinthians, da uma olhadinha na relação de títulos, e para de abarrotar o meu receptáculo.
SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA Fundado em 01 de setembro de 1910 | |
Todos os títulos | |
Competição | Ano |
Mundial de Clubes FIFA | 2000 |
Campeonato Brasileiro | 1990, 1998, 1999 e 2005 |
Copa do Brasil | 1995, 2002 e 2009 |
Supercampeonato Brasileiro | 1991 |
Camp. Brasileiro Série B | 2008 |
Torneio Rio-São Paulo | 1950, 1953, 1954, 1966, 2002 |
Campeonato Paulista | 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003 e 2009 |
Taça Competencia | 1922, 1923, 1924 |
Taça Cidade de São Paulo | 1922, 1942, 1943, 1947, 1948 e 1952 |
Torneio Inicio do Paulista | 1919, 1920, 1921, 1929, 1936, 1938, 1941, 1944, 1955 |
Torneios Nacionais/Estaduais Torneio Quinela de Ouro Campeão do IV Centenário Taça São Paulo Torneio Laudo Natel Centenário da Independência Copa Bandeirantes Taça do Povo Taça Gov. do Estado SP Taça Cid. de Porto Alegre (RS) Torneio de Brasilia Pentagonal de Recife (PE) Triangular de Goiania (GO) Taça Ballor Taça Fasanello Taça Henrique Mundel Taça Pref. Munic. de São Paulo Taça Charles Muller Torneio das Missões Taça Piratininga | 1942 (Taça Supremacia) 1954 1962 1973 1922 1994 1971 1977 1983 1958 1965 1967 1923, 1924 e 1928 1938 1938 (Festival do São Paulo FC) 1953 1954 e 1958 1953 (Taça Tibiriça) 1968 |
Torneios Internacionais Taça Cittá de Firenze (ITA)......... Pequena Taça do Mundo ............ Copa Cidade de Turim (ITA) Torneio Costa do Sol (ESP) Trofeu Apolo V (EUA) Copa da Feira de Hidalgo (MEX) Troféu Ramón de Carranza Torneio Int. Charles Muller (BRA) Copa do Atlântico Copa São Paulo (BRA) Copa das Nações (EUA) T. de Verão Cid. de Santos (BRA) Copa dos Campeões | 1929 (ao empório Toscano, Sudan Ovais e Prof. Caputto) 1954 (Copa Pres. Marcos Perez Gimenez) 1966, 1969 1969 1969 (Torneio de New York) 1981 1996 1955 1956 1975 1985 1986 e 1987 (venceu os dois primeiros torneios) 1986 |
Outros Campeonatos/Taças Taça São Paulo de Juniores Taça dos Invictos Dallas Cup (Juniores) Copa Nike (Juniores) | 1969, 1970, 1995, 1999, 2004, 2005 e 2009. 1956, 1957, 1990 e 2009. 1999, 2000 2003 |
Outras Taças e Troféus | |
Nacionais Taça Mais Querido do Brasil (1955) Troféu Osmar Santos (2005) Interestaduais Char de Taça Apea (1930) Taça Aliança da Bahia (1936) Taça Prefeitura de Salvador (1936) Taça Linha Circular (1938) Taça de Campeões Rio-São Paulo (1941) Titulos Honorificos Galo da Várzea (1910, 1913) Campeão do Centenário (1922) Campeão dos Campeões do Brasil (1929) Tri tricampeão paulista Campeão Honorário do Brasil: Torneio Rio-São Paulo (1950) Fita Azul do Futebol Brasileiro (1952) Campeão Internacional dos Invictos(1954) Campeão dos Centenários (1922 e 1954) Campeão Paulista do Século XX | Estaduais Taça Beneficência Espanhola (1915, 1916); Taça Cronistas Esportivos (1916); Taça oferecida pelo dr. Alcântara Machado (1916); Taça oferecida pelo sr. Celinho Ambrósio (1917); Taça Amílcar Barbuy (1919); Taça União Brasil (1919); Taça 47 (1919); Taça Neco (1920); Taça Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho (1920); Taça Prefeitura Municipal de Guaratinguetá (1920); Taça Ida (1921); Taça Antarctica (1921); Taça ao Preço Fixo (1921); Taça Sacadura Cabral e Gago Coutinho (1922); Taça Cântara Portugália (1922); Taça Joalheria Castro (1925); Taça Guido Giacominelli (1925); Taça Agência Ford (1925); Taça Studebaker (1925); Taça Lacta (1926); Taça Centenário do Uruguai (1926); Taça Guanará Espumante (1926); Taça Francisco Rei (1926); Taça Apea (1926); Taça De Callis (1926); Taça Elixir de Cabo Verde Composto (1926); Taça Adamastor (1926); Taça Fábrica de Gelo Vila Mathias (1927); Taça Sarmento Beires (1927); Taça Ribeiro de Barros (1927); Taça Tipografia Carvalho (1927); Taça O Comerciário (1927); Taça Almirante Sousa e Silva (1929); Troféu Washington Luís (1930); Taça Ministro do Chile (1928, 1931); Troféu Liga Paulista (1939); Taça Duque de Caxias (1941); Taça Manoel Domingos Corrêa (1942); Troféu Bandeirante (1954); Troféu Lourenço Fló Júnior (1962) Taça da Solidariedade (1994) |
sábado, 6 de agosto de 2011
O PAC NA “RODA DOS EXPOSTOS”
No Brasil, o abandono de bebês é um costume antigo, já existiam na era colonial, quando era comum encontrar bebês largados pelas ruas, esquinas, becos, portas de casas, beira de rios, mangues, e até no lixo. Os recém nascidos abandonados pelos logradouros corriam o risco de serem devoradas por cães e porcos que circulavam pela cidade.
O abandono de bebês muitas vezes ocorria para preservar a honra de moças de família e pela falta de recursos para criar mais um filho. Bebês que nasciam com algum tipo de deficiência eram mais freqüentemente abandonados.
Para tentar preservar a vida dos bebês a sociedade da época inventou a Roda dos Expostos, locais em igrejas ou órgãos públicos, onde os bebês recém-nascidos rejeitadas eram deixados para serem cuidadas por religiosos ou pessoas da comunidade. Era uma caixa de madeira com uma gaveta ou cilindro giratório, com abertura dupla, para o interior e exterior do local de desova. A ultima roda brasileira que se tem noticia foi a da Santa Casa de São Paulo, extinta em 1951.
A Presidenta Dilma (PT) era chamada pelo Lula (PT) como a mãe do PAC, e com esse slogan ele incutiu na mente do povo que ela tinha condição de cuidar bem dos brasileiros, como uma verdadeira mãe. Agora passado sete meses da sua posse os números mostram que a mamãe não está cuidando muito bem da sua cria. Os investimentos do PAC estão totalmente paralisados, as obras emperradas, as que continuaram estão sob suspeita de superfaturamento, principalmente as ligas ao Ministério do Transporte, onde reina absoluto o Deputado Valdemar da Costa Neto (PR).
O amor materno é considerado o maior entre todos os amores do mundo. Quais seriam os motivos que leva uma mãe a abandonar seu bebê. Eu tento defender com unhas e dentes o ser humano, este ser criado por Deus a sua imagem e semelhança.
Nada pode justificar esse ato criminoso, por maior que seja a dificuldade não se pode admitir que uma mãe abandone seu bebê em qualquer lugar ao sabor do destino que nem sempre providência um anjo para salvar aquela vida inocente da morte.
A cada dia, duas crianças são abandonadas em São Paulo, segundo a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social. Faz muito tempo que a roda dos expostos foi extinta. Mas ultimamente vendo a quantidade de crianças abandonadas em lixeiras e ruas, eu pergunto: Não seria mais humano que as Rodas voltassem a existir?
Essas mães desnaturadas não mais abandonariam as suas crias aos lobos das ruas e do Congresso, a Presidenta Dilma (PT) em vez de abandonar, poderia desovar sua cria (o PAC) na roda e deixar uma mãe de verdade, mais comprometida e competente cuidar de sua cria.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail
O abandono de bebês muitas vezes ocorria para preservar a honra de moças de família e pela falta de recursos para criar mais um filho. Bebês que nasciam com algum tipo de deficiência eram mais freqüentemente abandonados.
Para tentar preservar a vida dos bebês a sociedade da época inventou a Roda dos Expostos, locais em igrejas ou órgãos públicos, onde os bebês recém-nascidos rejeitadas eram deixados para serem cuidadas por religiosos ou pessoas da comunidade. Era uma caixa de madeira com uma gaveta ou cilindro giratório, com abertura dupla, para o interior e exterior do local de desova. A ultima roda brasileira que se tem noticia foi a da Santa Casa de São Paulo, extinta em 1951.
A Presidenta Dilma (PT) era chamada pelo Lula (PT) como a mãe do PAC, e com esse slogan ele incutiu na mente do povo que ela tinha condição de cuidar bem dos brasileiros, como uma verdadeira mãe. Agora passado sete meses da sua posse os números mostram que a mamãe não está cuidando muito bem da sua cria. Os investimentos do PAC estão totalmente paralisados, as obras emperradas, as que continuaram estão sob suspeita de superfaturamento, principalmente as ligas ao Ministério do Transporte, onde reina absoluto o Deputado Valdemar da Costa Neto (PR).
O amor materno é considerado o maior entre todos os amores do mundo. Quais seriam os motivos que leva uma mãe a abandonar seu bebê. Eu tento defender com unhas e dentes o ser humano, este ser criado por Deus a sua imagem e semelhança.
Nada pode justificar esse ato criminoso, por maior que seja a dificuldade não se pode admitir que uma mãe abandone seu bebê em qualquer lugar ao sabor do destino que nem sempre providência um anjo para salvar aquela vida inocente da morte.
A cada dia, duas crianças são abandonadas em São Paulo, segundo a Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social. Faz muito tempo que a roda dos expostos foi extinta. Mas ultimamente vendo a quantidade de crianças abandonadas em lixeiras e ruas, eu pergunto: Não seria mais humano que as Rodas voltassem a existir?
Essas mães desnaturadas não mais abandonariam as suas crias aos lobos das ruas e do Congresso, a Presidenta Dilma (PT) em vez de abandonar, poderia desovar sua cria (o PAC) na roda e deixar uma mãe de verdade, mais comprometida e competente cuidar de sua cria.
SILVIO BONFIGLIOLI
s.bonfiglioli@hotmail
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
IMPOTÊNCIA
Meu pai não era nenhum super herói, mas sempre enfrentou a vida e as dificuldades com muita coragem. Tinha uma coisa que meu velho pai temia muito, era de ficar impotente. Mas ele deveria ter se preocupado mais em cuidar da saúde e permanecer vivo. Como não se preocupou, morreu antes de ficar impotente. A impotência assola o imaginário masculino, a maioria dos homens prefere morre a ficar impotente, acho que era o caso do meu pai. Mas analisando com racionalidade percebemos que o mundo não vai acabar porque o bilao parou de subir, mesmo porque hoje em dia existe o Viagra (o Moacir que o diga). A impotência sexual, não é a pior das impotências. As pessoas freqüentemente se sentem impotentes diante das cobranças de impostos. O brasileiro é o povo que mais paga impostos no mundo, na media, 33% de tudo que gasta. Um cidadão que gasta mil reais em compras, acaba pagando no mínimo R$ 330,00 em impostos, que deveria ser canalizado principalmente para a saúde e a educação. Mas o brasileiro acaba se matando de trabalhar para matricular seus filhos em escolas particulares. E para ter um atendimento medico decente, também se escafedem de trabalhar, dupla jornada, horas extras, adicional noturno, insalubridade, repouso semanal remunerado, e por ai vai, tudo para poder pagar um plano de saúde. E por incrível que pareça, também pagam impostos por esta educação e por esta saúde particular, que o Estado negligencia. Os que não podem pagar amargam uma educação precária proporcionada pelo MEC, onde os livros de matemática afirmam que 10 – 4 = 7, e os professores que são pessimamente remunerados, também pagam imposto de renda que incide sobre este salário vergonhoso. E os pobres doentes morrem aguardando vagas em hospitais públicos. Mas o cumulo da impotência é quando o trabalhador, (inclusive o professore, o medico, o enfermeiro, eu e você) recebemos o nosso holerite e notamos que o imposto de renda já tirou sua parte, a parte do LEÃO. QUEM FOI QUE FALOU QUE SALARIO E RENDA? O suor não pode ser tributado, não pode pagar imposto, o trabalhador que trabalha de sol a sol para sustentar a sua família não pode ser penalizado com impostos que incidam sobre o seu suor. Ele, eu e você, já vamos ser assaltados pelo LEÃO, quando pagarmos embutido no preço tudo que comprarmos, no mínimo 33% de impostos, (arroz, feijão, carne, sal, açúcar, gasolina, etc.) com nosso suado dinheiro, que aos olhos do Estado é RENDA. Realmente o brasileiro é um povo impotente e conformado, situação e oposição se revezam no poder e esta safadeza continua, mas uma coisa é certa, o Estado, toma Viagra e nunca vai ficar impotente, ele sempre vai continuar fodendo o trabalhador. Parabéns Impotentes
GERAÇÃO DE CORRUPTOS
Minha geração é conhecida como geração Baby Boomers, a que nasceu entre 1946 e 1964, cresceu em frente da TV assistindo Jovem Guarda, dançando Rock and Roll ao som de Elvis Presley, Bob Dylan, Beatles e Rolling Stones, tomamos conta das ondas sonoras e demos aos Boomers a identidade de uma geração. Parece que a vida era mais simples, mas por incrível que pareça naquela época eu já ouvia meus pais dizerem que a vida deles na juventude era mais simples. Ou é um déjà vu ou as coisas se repetem provavelmente os meus filhos e netos, geração X e Y, daqui a alguns anos irão dizer que as coisas eram mais simples. Mas de uma coisa eu tenho certeza, a minha geração, a geração Baby Boomer é muito mais ativa e menos egoísta, criamos a famosa frase, “não confie em ninguém com mais de trinta anos”, criamos o movimento das mulheres, o movimento pelos direitos civis, contestamos a ditadura, saímos nas ruas em todo tipo de movimento, principalmente lutamos contra as injustiças, ou melhor, continuamos lutando. As gerações surgem em quatro círculos, os quais geralmente duram de 80 a 100 anos. Os ciclos giram, começam com uma geração idealista, passando para uma reativa, seguida de uma geração com consciência cívica e, finalmente chegando a uma geração de adaptação, que, mais uma vez direciona para uma geração idealista, Juntos, os quatro ciclos compõem uma “século”. A minha geração pertence à geração “idealista”, “ do século milenar”, os nossos filhos, a geração “reativa” (X), já os nossos netos pertencem à geração com “consciência cívica” (Y), muitos já estão completando 16 anos e já estão tirando o titulo de eleitor. Infelizmente, Lula, Dilma, Palocci, Zé Dirceu, são da geração Baby Boomer, assim como 70% dos senadores, 62% dos deputados, 74% dos governadores, a geração que um dia jurou combater a autoridade, de repente passou a ser a autoridade. Eu sempre tive muito orgulho de pertencer à geração Baby Boomer, mas atualmente, lendo e vendo as falcatruas patrocinadas por políticos, principalmente por integrantes do PT, lembro das palavras de Ruy Barbosa. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”, e acrescento. E de pertencer a esta geração de corruptos. SILVIO BONFIGLIOLI s.bonfiglioli@hotmail
terça-feira, 2 de agosto de 2011
COMUNISTA, GRAÇAS A DEUS!
O meu avô Amilcar nasceu na Itália, na cidade de Mantova as margens do rio Pó, no ano de 1882, seus país trabalhavam na terra cultivando melancias. Em 1888 imigraram para o Brasil e passaram a trabalhar na lavoura de café, substituindo a mão de obra escrava, lá pelos lados de Ribeirão Preto e Campinas.
Leon Trotski nasceu na Ucrânia no ano de 1879, foi um grande intelectual marxista, comunista, fundador do exercito vermelho, também foi o primeiro comissário do povo, e percussor do trotskismo. Com certeza foi um dos maiores líderes comunistas que influenciou os jovens da época.
Meu avô Amilcar e Leon Trotski tinham praticamente a mesma idade, e no começo do século XX as idéias socialistas ganhavam destaque na juventude do mundo todo e no Brasil não foi diferente. O meu avô era um grande devorador de livros e jornais e absorveu todas estas idéias, que propunham a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda, e também é claro o ateísmo.
Com 36 anos meu avô tinha uma oficina mecânica, e um belo dia pediu emprestado o carro do seu amigo e cliente Alberto Santos Dumont, (que já estava arrependido de ter inventado o avião), e num gesto de paixão raptou sua amada Maria (minha avó) e tiveram nove filhos. Sempre defendeu o comunismo com muita convicção, participou de vários movimentos nas ruas de São Paulo, mas o seu maior embate era com os religiosos, principalmente com um padre que gostava de jogar quatrilho e beber vinho na sua oficina.
“A religião nasce das concepções restritas do homem.” Está frase era por ele constantemente repetida, soube muito tempo depois que a autoria era de outro grande comunista, Friedrich Engles que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo cientifico.
O meu avô Amilcar viveu com sua fé, ou melhor, sem nenhuma fé até na hora de sua morte com 92 anos. Ele tinha levado um tombo no quintal de nossa casa e quebrou a clavícula. Seu tórax foi engessado. Eu estava na beira de sua cama junto com o meu falecido Tio João, quando ele começou a sentir muita falta de ar e nos tentamos tirar o gesso. Percebemos que ele estava morrendo, nesse momento vi brilho e lagrimas em seus olhos, e seus lábios pronunciaram o mais alto que sua pouca força permitiu: “Deus, perdoai os meus pecados.” E deu seu ultimo suspiro.
Ele foi um grande homem, e também um grande comunista, graças a Deus. Aos meus amigos comunistas, petistas ateus, meu avô deixou esta mensagem. “Nunca é tarde para aceitar Deus”.
SILVIO BONFIGLIOLI
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
BENDITA MALDIÇÃO
Muitas pessoas acreditam que Ubatuba está amaldiçoada. “Yo no creo em lãs brujas, pero que lãs hay, lãs hay”. Metáfora ou ditado popular? Tanto faz. O fato é que fico pensando como seria Ubatuba sem esta maldição atribuída a Cunhambebe.
Entrei no túnel do tempo da imaginação e lá estava eu defronte ao famoso Cunhambebe, ou Konian-bebê, e não tive duvidas, contei toda a artimanha que estava sendo armada pelos portugueses com a ajuda dos jesuítas.
Ele chamou os caciques Caoquira, Pindobossú e Aymberê, em uma rápida reunião resolveram atacar os portugueses, dito e feito, eles mataram, esfolaram e até escalpelaram a moda dos índios Apaches lá das terras do norte, e em seguida assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com os Franceses.
Mas a paz não durou muito, os safados dos Franceses também massacraram todos os índios da região, inclusive o Cunhambebe, que não teve tempo nem vida suficiente para amaldiçoar as terras de Yperoig.
Retornei rapidamente aos dias de hoje para ver o efeito borboleta da minha intervenção na história. Voltei para o mesmo local da partida e quase morri atropelado, a minha casa não existe mais, no seu lugar foi construída uma enorme rodovia, as mangueiras estão carregadas de frutos, aquela ferrovia foi finalmente construída e esta transportando toda a produção agrícola e industrial da região para o maior porto do Brasil lá no antigo Caisão, marinas fervilham por todas as partes. Grandes shoppings, Hipermercados e Hotéis Temáticos foram inaugurados, um novo aeroporto foi construído lá pelo lado norte da cidade, e é internacional.
Mas este grande progresso também ocasionou alguns efeitos colaterais. A mata atlântica foi totalmente devastada pelo crescimento desordenado, os morros viraram imensas favelas e são dominados por traficantes, a criminalidade disparou, as praias estão completamente poluídas, contaminadas pelos descartes das grandes indústrias, o ar é quase irrespirável, a cidade está com mais de Hum milhão de habitantes, o pequeno comercio familiar acabou, a lojinha do Rui fechou. Os meus amigos da praia do Ubatumirim foram gentilmente desalojados de seus refúgios aconchegantes no paraíso a beira mar, em nome do progresso, e eu não vou mais poder ir lá passar o domingo, tomar banho de mar e rio ao mesmo tempo e depois me refestelar na rede da Dalva da Farmacia, e ainda saborear um frango caipira com pupunha, feito pelas mãos mágicas da esposa do Seu Zé do Bar Casal 20.
O que foi que eu fiz? Quem almeja todo este progresso deveria morar em São Paulo ou ainda ir para o Rio de Janeiro. Entrei de novo no túnel do tempo da imaginação para desmentir tudo o que tinha dito, e deixar o curso natural da história acontecer, e para ter certeza que tudo daria certo fiquei por lá até o Cunhambebe jogar a sua maldição, e acabar com este terrível efeito borboleta. “Eu amo Ubatuba assim como ela é, sozinha isolada, só com sua fé. Conquanto ela suba ao progresso que vem, que fique guardada com tudo quanto tem. Ubatuba, sim, sim, sim!” Viva Cunhambebe e sua bendita maldição.
Entrei no túnel do tempo da imaginação e lá estava eu defronte ao famoso Cunhambebe, ou Konian-bebê, e não tive duvidas, contei toda a artimanha que estava sendo armada pelos portugueses com a ajuda dos jesuítas.
Ele chamou os caciques Caoquira, Pindobossú e Aymberê, em uma rápida reunião resolveram atacar os portugueses, dito e feito, eles mataram, esfolaram e até escalpelaram a moda dos índios Apaches lá das terras do norte, e em seguida assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com os Franceses.
Mas a paz não durou muito, os safados dos Franceses também massacraram todos os índios da região, inclusive o Cunhambebe, que não teve tempo nem vida suficiente para amaldiçoar as terras de Yperoig.
Retornei rapidamente aos dias de hoje para ver o efeito borboleta da minha intervenção na história. Voltei para o mesmo local da partida e quase morri atropelado, a minha casa não existe mais, no seu lugar foi construída uma enorme rodovia, as mangueiras estão carregadas de frutos, aquela ferrovia foi finalmente construída e esta transportando toda a produção agrícola e industrial da região para o maior porto do Brasil lá no antigo Caisão, marinas fervilham por todas as partes. Grandes shoppings, Hipermercados e Hotéis Temáticos foram inaugurados, um novo aeroporto foi construído lá pelo lado norte da cidade, e é internacional.
Mas este grande progresso também ocasionou alguns efeitos colaterais. A mata atlântica foi totalmente devastada pelo crescimento desordenado, os morros viraram imensas favelas e são dominados por traficantes, a criminalidade disparou, as praias estão completamente poluídas, contaminadas pelos descartes das grandes indústrias, o ar é quase irrespirável, a cidade está com mais de Hum milhão de habitantes, o pequeno comercio familiar acabou, a lojinha do Rui fechou. Os meus amigos da praia do Ubatumirim foram gentilmente desalojados de seus refúgios aconchegantes no paraíso a beira mar, em nome do progresso, e eu não vou mais poder ir lá passar o domingo, tomar banho de mar e rio ao mesmo tempo e depois me refestelar na rede da Dalva da Farmacia, e ainda saborear um frango caipira com pupunha, feito pelas mãos mágicas da esposa do Seu Zé do Bar Casal 20.
O que foi que eu fiz? Quem almeja todo este progresso deveria morar em São Paulo ou ainda ir para o Rio de Janeiro. Entrei de novo no túnel do tempo da imaginação para desmentir tudo o que tinha dito, e deixar o curso natural da história acontecer, e para ter certeza que tudo daria certo fiquei por lá até o Cunhambebe jogar a sua maldição, e acabar com este terrível efeito borboleta. “Eu amo Ubatuba assim como ela é, sozinha isolada, só com sua fé. Conquanto ela suba ao progresso que vem, que fique guardada com tudo quanto tem. Ubatuba, sim, sim, sim!” Viva Cunhambebe e sua bendita maldição.
FESTA DO DIVINO 145 ANOS DEPOIS
No inicio a festa era realizada cinqüenta dias depois da Páscoa, no dia de Pentecostes, mas essa tradição foi quebrada porque a pesca da tainha durante os meses de maio e junho e até o principio de julho era farta e tomava todo o tempo dos poucos habitantes da cidade, e ai por conveniência mudaram a comemoração para os meados do mês de julho. A pesca da tainha já não é mais a mesma, mas a data da festa nunca mais voltou as suas origens.
Muitas tradições, rituais, simbolismos e até superstições foram esquecidas ao longo destes anos, já não se joga canela no chão da igreja, e também não se elege mais o festeiro, ou melhor, “O Imperador” que providenciava a corrida da folia, que partia do centro, em dois grupos, um em direção ao extremo norte e outro em direção ao extremo sul, e de lá voltavam lentamente em perenigração, cantando de casa em casa, até chegar novamente na Igreja Matriz, isso também não existe mais.
O formato atual da Festa do Divino é arcaico e ultrapassado, o espaço físico é ainda menor que há 145 anos (1866), quando a Nova Matriz ficou em condição de uso (sem a torre), e a população do município era muito pequena.
A festa de São Pedro foi por muitos anos realizado na região do mercado de peixe, quando surgiu a necessidade de se mudar o local da festa para a praça de eventos na Av Iperoig. Os mais conservadores se rebelaram e ameaçaram não realizar a festa. Houve muita negociação e felizmente prevaleceu o bom censo. O tempo mostrou que a mudança foi acertada, hoje a Festa de São Pedro é um grande sucesso em todos os aspectos.
A pergunta que não quer calar: Porque não se realiza a Festa do Divino também na Praça de Eventos da Av. Iperoig? A festa de São Pedro termina uma semana antes da Festa do Divino, a estrutura já está totalmente montada e paga. Só é necessário a mudança dos personagens, sai os Pescadores, entra o Padre e seus colaboradores. O custo será menor, a renda será maior e a população será mais bem atendida.
A alegação que a Festa do Divino tem que ser em frente da Igreja Matriz, porque é tradição, não tem mais lógica, a população cresceu muito, hoje somos mais de 78 mil habitantes, não existe mais espaço para acomodar o povo. O caminhão de som e a barraca do bingo ficam no meio da rua interrompendo o transito, a barraca da tainha deixa de vender o que pode porque não tem espaço para atender a demanda. O tempo de permanência de um visitante na feira é bastante reduzido pela falta de espaço e acomodação, conseqüentemente ele consome menos, o que prejudica substancialmente o movimento financeiro.
Já sabemos que muitas tradições foram quebradas durante esses 145 anos, e não podia ser diferente, sempre existira a necessidade de se adaptar as realidades e demandas do século XXI. Cabe a nós transformarmos a Festa do Divino em um grande evento religioso, cultural e gastronômico. Chega de teimosia, chegou à hora do Bom censo. O Povo e o Divino merecem.
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