O jornalista Ruy Castro começa contando a história do Orlando Silva o “cantor das multidões” afirmando que de 1935 a 1942, ele foi o mais perfeito cantor popular do Brasil. E um dos mais perfeitos do mundo. Sua carreira bem como sua vida foram curtas, já sem poder cantar faleceu com 62 anos. Os jornalistas de hoje contam a história do outro Orlando Silva, o Ministro que entre os anos de 2007 e 2008 figurou nas manchetes acusado de gastos irregulares nos cartões corporativos. E o Lula não fez nada. Agora aparece o João Dias Ferreira, ex-militante do PCdoB, que é o delator de um suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte envolvendo, de novo, o ministro Orlando Silva. Ele acusa Orlando de desviar recursos do programa “Segundo Tempo” por meio de ONGs de fachada. Segundo o PM, funcionava uma central de propina no ministério, com o fim de arrecadar recursos para o PCdoB. O policial diz ainda que teve vários encontros informais com o ministro do Esporte. Apareceu também o pastor David Castro, fundador da Igreja Batista Gera Vida de Brasília, afirmando que recebeu R$ 1,2 milhões em convênios do Ministério do Esporte, mas foi pressionado a repassar 10% do valor aos cofres do PC do B, partido do Orlando. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos da pasta em convênios com ONGs. Gurgel solicitou ainda a remessa pelo Superior Tribunal de Justiça de um processo que investiga os mesmos fatos, onde a personagem central é o atual governador do Distrito Federal e ex-titular da pasta durante o governo Lula, Agnello Queiroz (PT-DF). - Algumas ONGS que receberam vultosas verbas para patrocinarem crianças carentes a praticarem esportes, nada fizeram, apenas embolsaram as verbas e só patrocinaram o enriquecimento ilícito de seus integrantes, e deste ministro picareta. A herança maldita, ou melhor, os Ministérios malditos que Dilma recebeu de seu antecessor estão se esvaindo nos escândalos, e mostrando a cara que tem. Agora só resta a Dilma cantar a musica do outro Orlando, o cantor. Tomando cuidado para não trocar apenas a mosca e deixar o mesmo excremento. “Adeus, adeus, adeus/ Cinco letras que choram/Num soluço de dor/ Adeus, adeus, adeus/ É como o fim de uma estrada/Cortando a encruzilhada/ Ponto final de um romance de amor/Quem parte, tem os olhos rasos d’água/ Ao sentir a grande mágoa/Por se despedir de alguém/ Quem fica também fica chorando/ Com o lenço acenando/QUERENDO PARTIR TAMBÉM.” Já vai tarde cambada de corrupto

quinta-feira, 27 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A MAÇA
No inicio da década de 80, eu fui convidado por um ex chefe para trabalhar na Itautec, uma empresa do Grupo Itaú. Já estava na área de informática há alguns anos, oriundo da Olivetti do Brasil. Vivíamos o regime militar e com ele a Lei de informática, (reserva de mercado), onde o Brasil sequer engatinhava. Todos os produtos deveriam ser produzidos no Brasil, as empresas tradicionais do mercado estavam definhando enquanto algumas nacionais nasciam e cresciam. Entre elas a COBRA (Computadores Brasileiros), Dismac, Polimax, Prologica, Brascom, Itautec, entre tantas outras. O maior desafio era produzir equipamentos minimamente capacitados para atender o vasto mercado que se formava, sem importar o equipamento. A capacidade de produzir algum tipo de equipamento era mínima, o que se fazia na verdade era importar os componentes e montar aqui no Brasil, cada marca com suas próprias características de Lay Out, cor, processadores, capacidade de memória, conexões de rede, etc. A Itautec tentava desenvolver alguns softwares, o de texto recebeu o nome de Redator, e outro para cálculos o nome de Calctec. Participava de uma feira de informática chamada SUCESO, realizada no pavilhão do Ibirapuera, a procura era enorme, empresário do Brasil inteiro se moviam para São Paulo, no intuito de conhecerem os novos lançamentos, que invariavelmente eram cópias de alguns modelos produzidos no exterior. No ano de 1984, ficamos sabendo que seria realizada uma feira internacional em Las Vegas, Nevada, a NCC-National Computer Conference, e lá seriam lançados novos modelos e novas tecnologias de equipamentos. E lá fomos nós para esta missão fatigante, passar alguns dias no Hotel Flamingo, com tudo pago, para visitar a feira e é claro fazer uma fezinha nos Cassinos, que ninguém é de ferro. Em uma das visitas a feira, fomos convidados para assistir uma pequena palestra sobre um novo equipamento que o seu inventor, se assim podemos chamar, ia realizar. A apresentação foi fantástica, o equipamento prometia revolucionar o mundo da informática, o nome era meio esquisito para os nossos ouvidos tupiniquins, “Macintosh”, ou simplesmente, “Mac”. Este equipamento já estava sendo comercializada pela empresa Apple inc. e seu proprietário e palestrante da noite estava ali conversando com aquele grupo de brasileiros, explicando que aquele equipamento era o primeiro com interface gráfica e que trabalhava com um microprocessador da Motorola o 68000. Para nós e para o mundo aquele palestrante, ainda era um ilustre desconhecido, mas o tempo mostrou que nós estávamos conversando com uma das maiores inteligências pro ativas do mundo. Três maças influenciaram o destino do mundo. A primeira foi à maça que a Eva ofereceu para o Adão, ele comeu, e deu no que deu. A segunda foi à maça que caiu na cabeça de Isaac Newton, e a terceira e talvez a mais significativa seja a maça do Steve Jobs, o palestrante de 1984. Nos dois primeiros casos acho que não estava presente, mas no terceiro tive o privilegio de estar lá.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
MORREU POR AMOR
Lá pelos anos 80 a Praça da Republica em São Paulo era um local bucólico, porque não dizer romântico, na primavera as flores desabrochavam, as arvores mostravam toda a sua beleza pela abundância de folhas, o pequeno lago no centro da praça acolhiam varias espécies de aves aquáticas e muitas carpas coloridas, um verdadeiro cenário para o idílio, era lá que Lilia naquela tarde de primavera, esperava-o inquieta e aflita, afinal já a alguns dias que ele demonstrava não estar bem de saúde, e por isso estava fazendo alguns exames.
Sempre alegre, brincalhão, disposto a qualquer tipo de brincadeira, agora Luiz Carlos estava triste, cabisbaixo, passava pela sua cabeça graves pensamentos. Acabara de sair do consultório do medico da família, que o declarará portador do vírus HIV. Ele tinha certeza que era o fim de uma vida completamente desregrada e cheia de vicius.
Luiz Carlos tinha levado a vida abastada de uma maneira peculiar principalmente aos jovens ricos e fracos de espírito, que se entregam aos prazeres mundanos da vida, que cobra caros tributos, trazendo doenças e até a ruína.
Bem antes da maioridade, não existia sensações que ele não conhecera, nem qualquer tipo de sacanagem. Quando tinha vontade saia à procura de aventuras, pegava dinheiro com o pai e rumava para suas orgias, segundo ele gozava a vida de todas as formas.
Rico, educado e formado em engenharia graças à insistência de seu pai, levava uma vida completamente desregrada, e agora a casa caiu, sabia que estava condenado à morte.
Ele conhecera Lilia na faculdade que cursara a trancos e barrancos, ela tinha o rosto deslumbrante e uma ingenuidade encantadora, muito diferente das mulheres que estava acostumado há compartilhar seu tempo, Ela também era filha de pais ricos, franzina, de corpo delicado, parecia uma peça de cerâmica que poderia se partir a qualquer toque.
O seu corpo harmonizava com o seu romantismo, acreditava no amor incondicional, este conjunto de candura e pureza encantou a Luiz Carlos, que pela primeira vez conhecia o verdadeiro amor.
Era verdade ele amava a divina Lilia, pela ingenuidade com que ela via o mundo; amava-a pelos lindos olhos verdes, pela suas formas e pelos beijos que imaginava roubar.
Lilia retribuía este amor com grande ternura, afinal foi o primeiro rapaz que lhe falava com carinho e com tanta sabedoria, ele parecia ser muito experiente com as coisas da vida. Lilia aprendeu a ver Luiz Carlos como um homem inteligente, cheio de qualidades, e que a amava muito.
O tempo passou e os sentimentos foram aumentando e estreitando os laços desse amor maravilhoso, e que para ambos até aquele momento era desconhecido.
Foi ai que Luiz Carlos resolveu mudar de vida, resolveu constituir família, ter filhos e ser uma pessoa responsável, iria se dedicar a sua carreira de engenheiro. Rapidamente pediu permissão aos pais de Lilia para noivar, e esqueceu completamente a sua vida desregrada, estava realizado com o amor de Lilia, ele finalmente era um homem feliz.
E agora a vida lhe pregara uma peça, agora que tudo parecia entrar nos eixos veio está noticia, a morte era aterrorizante, morrer, morreria mais cedo ou mais tarde, mas se fosse mais tarde poderia desfrutar da vida com o seu amor. Mas o que mais o perturbava era deixar a Lilia nesse mundo repleto de perigo, e ela com certeza depois de sua morte sofreria por um tempo, mas o tempo cura as feridas e logo, logo, ela poderia estar nos braços de outro homem. O que ela faria? Se manteria fiel ao seu amor, a duvida corroia seus pensamentos, agora sabia que seu fim era próximo e inevitável, não conseguia aceitar que Lilia continua-se viva.
Essa idéia tornou-se uma obsessão e dominou totalmente seus sentimentos e enraizara-se no seu espírito, não que não tivesse confiança no amor de Lilia, sabia que ela era completamente fiel, mas não acreditava que com a sua partida ela poderia viver só de recordações, sofrendo de saudades.
Com esta idéia latejando em sua mente, Luiz Carlos correu ao encontro de Lilia que o esperava lá na Praça da Republica.
Luiz Carlos cabisbaixo caminhou em direção a Lilia que mostrava o maior e mais bonito sorriso que ele já havia visto em toda a sua vida, ele hesitou, mas afinal contou o que o medico havia dito, ela não mudou um centímetro seu sorriso, e disse: “não importa, morreremos juntos” e seriam felizes na outra vida. Parecia que ela lera seus pensamentos, e apoiava sua idéia, que lindo, morreriam juntos, perfeito, Romeu e Julieta dos anos 80.
Rapidamente ela se mudou para a casa do Luiz Carlos e lá viveu intensamente o amor que palpitava em seu peito, foram dias, meses maravilhosos, se transformara numa mulher. Ela não tinha grande constituição física, diferente de Luiz Carlos, que era um homem forte.
Os primeiros sintomas da doença se manifestaram intensamente em Lilia, que recebeu a noticia do medico com estrema naturalidade, afinal seus planos estavam se realizando, em pouco tempo ela se definhou, não mais saia da cama e por fim cerrou seus lindos olhos verdes para sempre.
Luiz Carlos constatou a morte de sua amada com naturalidade, agora ele poderia morrer tranqüilo.
O tempo passou e a doença não se manifestava no Luiz Carlos, os médicos começaram alguns tratamentos novos, tratamentos que poderiam impedir a manifestação do vírus. Ele passou este período com muita indiferença, somente se submetia aos tratamentos por insistência de seu pai, e continuava esperando a morte.
Mas como previra o tempo cura as feridas, e as lembranças dela se diluíam, sua imagem aparecia turva, a saudades diminuía dia a dia.
Após dois anos Luiz Carlos casou-se com Carla uma linda italianinha, de olhos azuis.
E Lilia, bem....... Lilia morreu por amor.
SILVIO BONFIGLIOLI
domingo, 2 de outubro de 2011
O COLAR DE TURQUESAS AZUIS
“O Homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproxima da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Os seus olhos da cor do céu brilharam quando viram determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis, então disse ao balconista: “É para minha irmã, você pode fazer um pacote bonito?” O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: “Quanto dinheiro você tem?” Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou sobre o balcão e disse: “Isso dá, não dá?” Era apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa. “Sabe”, continuou, “eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é o aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é a cor dos olhos dela.” O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul. “Tome”, disse para a garotinha, “leve com cuidado”. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou? “Este colar foi comprado aqui?” “Sim senhora”, respondeu o dono da loja, “e quanto custou?” “Ah!” falou o lojista, “o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente”. “Mas minha irmã tinha somente algumas moedas, e este colar é verdadeiro, não é? Ela não tinha dinheiro para pagar por ele”. O Homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: “Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar, ela deu tudo que tinha.””(texto extraído do livro Remotos Cânticos de Belém) A vida me ensinou que quando nós queremos alguma coisa devemos DAR TUDO QUE TEMOS trabalhar com comprometimento, desprendimento, muito amor e não medir esforços para atingir o objetivo e alcançar a vitória. “No que diz respeito ao desempenho ao compromisso, ao esforço, a dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”. (Airton Senna)
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