A neurociência é a disciplina que estuda o sistema nervoso, a anatomia e a fisiologia do cérebro, inter-relacionando com a teoria da informação. Tanto do ponto de vista histórico como teórico não se pode deixar de considerar as contribuições da cibernética, hoje a neurociência computacional que se define como a ciência da comunicação e controle no animal e na maquina. No inicio da década de 80, eu fui contratado pela Itautec, que estava desenvolvendo alguns projetos ligados à área de tecnologia da informação voltado para a área bancaria e comercial. Já naquela época participávamos de congressos que previam um grande desenvolvimento neste segmento. Mas nem mesmo o mais otimista dos pesquisadores e palestrantes poderia prever o que está acontecendo hoje e muito menos o que está para acontecer. A neurociência está conseguindo interagir através de interfaces, neurônio e um circuito integrado, também conhecido por microchip. Já foram feitos vários experimentos com animais, que possibilitou comprovar a interação entre o cérebro e algum tipo de equipamento, como uma mão mecânica, ou até mesmo uma perna. Um dos pesquisadores brasileiro afirma que na abertura da copa do mundo de 2014, aqui no Brasil, o pontapé inicial da abertura da copa, que ocorrera no estádio do Corinthians, o Itaquerão, será feito por um tetraplégico, que estará interagindo com um “esqueleto externo” comandado através de microchip pelo seu cérebro. Dando asas a imaginação, sem muito esforço podemos prever o quanto iremos evoluir nesta área. Poderemos implantar no nosso cérebro qualquer tipo de microchips, por exemplo, um microship com recursos de celular, é só pensar no nome da pessoa que queremos contatar e pronto a ligação será completada. Mas isso é pouco, imagine um microchip com capacidade de arquivo de vários Megabytes onde armazenamos todas as Leis vigentes no país indexadas por matéria, trabalhista, criminal, etc., e com todas as suas jurisprudências. Abracadabra surgiu um senhor advogado, ou ainda, um médico, um engenheiro, depende só das informações armazenadas no microchip. Partindo desta premissa, as possibilidades são infinitas, as crianças poderão receber implantes com qualquer tipo de informação, poderá completar o ensino básico e médio em apenas algumas horas, o tempo necessário para receber um implante de microchip. Sobrara muito mais tempo para outras atividades, como se dedicar a algum tipo de esporte, que também poderá ser absorvido acessando a um banco de dados virtual, porque com certeza teremos a internet integrada no microchip implantado. No filme “O Homem Bicentenário”, um robô evolui tanto que se transforma em um ser humano com sentimentos e emoções, agora estamos prestes a descobrir que um homem pode se transformar em um robô. “Contra está ideologia, insisto que não existe uma natureza humana imutável. Além e acima do nível animal, os seres humanos são maleáveis em corpo e mente até mesmo em sua própria estrutura instintiva. Homens e mulheres podem ser computadorizados transformando-se em robôs, SIM- Mas eles podem se recusar a isso.” (Marcuse

domingo, 31 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
Saudades do futuro
Eu sempre fui um grande sonhador. Na infância sonhava em ser um jogador de futebol tipo o Claudio ou o Luizinho ( pequeno polegar) do Corinthians, que arrasavam as zagas adversárias. Eles só não foram para a seleção Brasileira de 50 porque os cariocas mandavam nas convocações, deu no que deu, perdemos a copa aqui mesmo no Brasil. E eu só fiquei no sonho, nunca passei de um jogador mais ou menos. Já adolescente sonhava em ser igual ao Paul, John, George ou mesmo o Ringo, gostava do Roberto, mas achava aquelas indumentárias meio “boco moco” (essa gíria saiu lá do fundo da espinha dorsal). E eu só fiquei no sonho, sempre fui um cantor desafinado. Com vinte anos eu não queria ser nada, eu já era muito importante, era milico, andava de uniforme impecável, armado até os dentes, salvando o futuro que vivemos hoje sem comunismo, e “comendo gente”. E lutava para impedir que os nossos Césare Battisti matassem inocentes. Cai fora antes de perder o rumo, ou a vida em algum atentado terrorista. Fui voar, voava por este Brasil afora, cruzava o céu azul de brigadeiro, às vezes nem tão brigadeiro, mas sempre azul. Voava acima das nuvens e passava ao largo dos CBs (Cumulus Limbus), do Oiapoque ao Chuí, dos Pampas aos Seringais, era um sonho. Mas eu sofria de banzo, não agüentava ficar longe da família, o sonho também acabou. Descobri com o passar do tempo que a maior felicidade é sem duvida nenhuma ter uma família. Uma eterna namorada como esposa, ela é a “parreira carregada no coração da casa, brotaram meus filhos como as oliveiras em torno de minha mesa”. Ver a prole crescer e se multiplicar, assistir as mesmas cenas se repetindo a cada nascimento, a cada palavra balbuciada, a cada tombo. As descobertas obvias para os meus olhos cansados, mas que é uma grande novidade aos olhos infantis. Essas reações de surpresa e espanto a cada careta que fazemos, é o sonho que não sonhei se realizando. Sei que conforme os filhos e netos crescem o meu tempo vai diminuindo. O tempo é inexorável, implacável, ele alimenta o meu cérebro com sabedoria, compreensão e tolerância e a alma com muita fé. A força interior aumenta com os anos, e vai atingir seu apogeu no momento em que eu expirar por falta de força física. Hoje continuo sonhando com o futuro, quais serão os próximos prefeitos e vereadores de Ubatuba, quantos mais eu ajudarei a eleger? Poderei participar e presenciar, ou não. Mas de uma coisa eu sei, a minha família é maravilhosa, mesmo com todas as suas divergências, com suas pluralidades de pensamento e comportamento, sempre foi e continuara sendo a minha prioridade. Ela (família) é o meu melhor sonho, que não sonhei na juventude, que se realizou. Eu mato e morro por ela, os incautos que se cuidem. Fico imaginando o que os meus netos farão na vida, quantos bisnetos e trinetos terei. Eu já tenho saudades do futuro distante que certamente não verei.
Chantagem do rabo preso
Alguém pode chamar de “negociação”, ou até de “acordo”, mas o que realmente aconteceu foi pura e simplesmente uma “CHANTAGEM”, patrocinada pelos políticos da base aliada. A presidenta Dilma avisou a senadores do PSB, PDT e PC do B que não ia prorrogar o prazo dos restos a pagar de 2009, que todas as verbas destinadas a contemplar as emendas parlamentares, que beneficiava os pequenos municípios, seriam extintas. A base aliada do governo deu um ultimato à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, numa reunião na residência do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Os lideres governistas avisaram que se caso não houvesse a prorrogação do prazo dos restos a pagar, que terminaria na ultima quinta feira, não se votaria mais nada na Câmara. Já o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), avisou que sem a prorrogação não conseguiria segurar a base. Esta decisão com certeza iria prejudicar muito os pequenos Municípios que aguardam ansiosamente por estas verbas desde 2009. Mas não foi por isso que a presidenta Dilma recuou, ela não estava nem um pouco preocupada com o povo, com aquele mesmo povo que a elegeu. Ela recuou porque foi vergonhosamente Chantageada pela base aliada, que ameaçava votar a convocação do ministro Guido Mantega (Fazenda) para depor, e até votar a favor de uma investigação mais detalhada no caso de corrupção no Ministério dos Transportes. Este sim foi um bom motivo para Dilma ceder a Chantagem. Uma das piores coisas que pode existir para um governante de qualquer esfera é ceder às preções, e se submeter às chantagens de quem quer que seja. Demonstra fragilidade e incompetência para lidar com a própria base. O governante que se submete a este tipo de CHANTAGEM praticada por seqüestradores, bandidos, assaltantes, e políticos traidores, revela o tamanho do RABO PRESO e não merece ocupar o cargo que o povo lhe concedeu.
A ARTE DO ESCUTATÓRIO
Já assisti varia palestras sobre oratória em minha vida. Como o orador deve se comportar perante o auditório, como impostar a voz, técnicas de respiração e exercícios vocais, mexer os braços, olhar perdido no infinito sem encarar ninguém, e por ai vai, mas eu nuca vi nenhuma palestra ou aula sobre como escutar, como diria Odorico Paraguaçu, Prefeito de Sucupira.” A arte do escutatório.” Presenciei recentemente uma pessoa relatando a outra de como sua noite fora terrível, passara muito mal com uma tremenda dor nos rins provocada por uma pedra indesejável. Ela narrou o fato com todos os detalhes possíveis, de quantos analgésicos havia tomado, os banhos quentes, as compressas, sem nenhum efeito, só quando foi para o hospital, pela manhã,e tomou uma dose cavalar de voltarem e que melhorou. Até que a narração chegou ao fim, esperando, é claro uma palavra de consolo e de afeto da outra que supostamente estava ouvindo. Mas o que ela ouviu foi: “Isso não é nada, você não sabe o que me aconteceu...” E começou uma narrativa horripilante repleta de dores e sofrimentos incomparavelmente mais terrível que a anterior. Alguém já disse: “Não basta ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.” Esta é a grande dificuldade em um dialogo e principalmente em uma reunião. Ninguém agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se o que foi dito não fosse digno de consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é (claro) muito melhor. “Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais clara de nossa arrogância e vaidade, na verdade estamos gritando que somos os melhores os mais bonitos. Em algumas aldeias indígenas os mais velhos se reúnem para discutir e resolver algum problema, eles permanecem de cócoras por um longo tempo em silencio. De repente alguém fala e revela o seu pensamento, e de novo reina um grande silencio. Falar logo em seguida é um grande desrespeito. O outro exprimiu seus pensamentos, pensamentos que julgava importantes, e devem ser digeridos, e esse processo de absorver as palavras e o pensamento do outro leva tempo como a comida que comemos. É preciso de tempo para entender e digerir o que o outro falou. Se falarmos logo em seguida são duas as possibilidades: Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade não ouvi o que você falou, estava pensando o que ia falar em seguida.” Segunda: “Ouvi o que você falou, mas eu já tinha pensado nisso, é coisa velha para mim.” Em ambos os casos estamos chamando a pessoa de idiota. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio após uma explanação quer dizer: “Estou pensando cuidadosamente no que você disse.” E a reunião segue com respeito às opiniões e com certeza as decisões tomadas serão muito mais produtivas e acertadas. Saber escutar é a principal arma de um líder, com esta virtude ele consegue distinguir claramente os anseios de seus liderados, consegue achar soluções nunca antes aventadas, consegue transformar opiniões negativas em positivas. Ser um grande orador sem divida é importante para um líder, mas saber exercer a arte do escutatório é primordial. Obs: Esta coluina foi inspirada em um texto produzido pelo SENAI
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