A CULPA É DA JUSTIÇA

“Escândalo de corrupção nos quatro cantos do pais, escândalo de corrupção do Oiapoque ao Chuí, e nada acontece no ponto de vista jurídico brasileiro. Se nos considerarmos apenas os resultados das investigações do judiciário, não há corrupção no Brasil. O sistema jurídico do Brasil, não faz nenhum politico importante devolver o dinheiro ou ir para a prisão.
Em todos os lugares do mundo ha políticos presos. No Brasil não! Desse jeito é muito difícil combater a corrupção. Pergunto? Onde estão nossos juízes, que são muito capazes de colocar na cadeia ladrões de galinhas, mas não são capazes de colocar na cadeia, políticos, personalidades, que roubam o seu o meu o nosso dinheiro”. (Jornalista Alberto Almeida)
“Fazer Justiça, esse deve ser o lema de todos os formados em direito nesse país. Mas que diabos é isso? Certamente não é ser somente um juiz leiloeiro de destinos, que delibera a compra de remédios para doentes, liberdade a um inocente, ou só um rumo a um pobre errante.
Não é ser promotor e denunciar pessoas a esmo, postado com o dedo em riste, apaixonar-se pela ira e promover somente a cólera. Tão pouco é ser um advogado (Marcio Thomas Bastos) de um embusteiro, (Cachoeira), defensor do prejuízo, que no papel escreva vinte e do coitado leva cinquenta.
Não! Por certo não é só isso. Justiça será feita quando os Advogados disserem a verdade, calarem a mentira e findarem os abusos. Justiça será feita, quando em frente da corrupção os advogados forem além da indignação e exigirem condenação. Justiça será feita, quando os advogados derem as mãos aos probos para acabar com a tirania e desinfetarem da Republica toda essa anarquia.
Justiça será feita, quando os advogados, abraçarem a tolerância e negarem a ignorância. Quando beijarem sem vergonha e baterem com pudor sentindo toda a dor. Justiça será feita quando os advogados, os olhos derem aos cegos, aos surdos ouvidos, e aos mudos suas bocas, e aos órfãos uma mãe, um lar aos destelhados, um sorriso ao desgraçado, o alfabeto ao iletrado, e alegria e esperança aos muito honestos, nesta terra de homens viz. E no cumprimento dessa missão (fazer justiça) não ceder e desertar e nem fracassar, lutar pela vitória”.(discurso de um orador de direito da UFSC)
O mundo vai cobrar de todos os formados em direito do passado, principalmente dos saídos de faculdades publicas, sustentada pela sociedade miserável deste país, que hoje advogam ou ostentam altos cargos na hierarquia do judiciário, esta inercia, este descaso com a população honesta deste país. Eles deveriam se unir aos homens probos, para com eles limparem toda a pestilência que recalcitra e infecta esta malsinada Republica. (Sete anos para começar a julgar os denunciados do mensalão). A Culpa pelas mazelas, pela corrupção, não é dos políticos corruptos, e também não é dos criminosos, a culpa é dos homens de toga que tem a obrigação de botar esta cambada na cadeia e fazer Justiça neste país.

Dona bruxinha de La Ubatuba

Publicado em 24/05/2012 às 17:13 por Silvio Bonfiglioli.

Tivesse eu o dom da escrita como tinha Miguel de Cervantes, estaria agora escrevendo a terceira parte do romance por ele escrito em 1605 e 1615, onde narrou as incursões de Don Quixote pelas terras de La Mancha, de Aragão e de Catalunha, e finalizaria agora em Ubatuba.
Mesmo não tendo este dom, não posso me furtar a relatar aqui está ultima incursão, agora na forma feminina e pelas terras de Coaquira. Como Don Quixote, muitos achavam que ela tinha perdido a razão pelas agruras da vida. Ela efetuou varias incursões pela cidade, sempre defendendo aquilo que achava certo, se envolveu em uma série de polemicas, mas suas aspirações sempre foram desmentidas pela dura realidade.
As suas frustações acabaram por enfraquecer o seu já desnutrido e enfraquecido coração, e no dia 25 de dezembro de 2011, justamente no dia de Natal ela foi acometida de um infarto, e encaminhada para a Santa Casa. Os médicos conseguiram mantê-la viva e após alguns dias obteve alta, com a recomendação de não fazer esforços físicos e muito menos passar nervoso.
Ela que quebrou varias lanças contra os moinhos de ventos da Câmara Municipal, quebrou lanças para proteger os animais abandonados nas ruas de Ubatuba, não seguiu as recomendações médica e se pós a batalhar pelo seu sustento e convicções, pedalando seu triciclo, ou melhor, seu cavalo Rocinante, protegida pelo seu chapéu de ponta estilo bruxa, que na verdade era seu elmo, e o seu vestido comprido que com certeza era sua armadura. Eu e minha filha MIMI, às vezes dávamos uma de fiel escudeiro, e acompanhávamos seus passos, levando seus cachorros para castrar, atendendo algumas demandas urgentes, levantando sua moral, e principalmente tentando mostrar a realidade, exatamente como Sancho Pança.
Como D.Quixote e seu cavalo Rocinante, a nossa D. Bruxinha e seu triciclo nunca foram levadas a serio, suas atitudes sempre foram consideradas grotescas e até motivo de piadas e pilherias. Finalmente no ultimo dia 21 de maio (segunda feira), às cinco e meia da manhã, a MIMI recebeu um telefonema da Santa Casa informando que a Dona Maria Elizabeth, mais conhecida como Bruxinha, havia falecido acometida de outro infarto, agora fulminante, e ela tinha que reconhecer o corpo. Deixou uma filha de 26 anos, uma neta de 2 anos e 15 cachorros. Foi velada no velório Municipal no Bairro do Ipiranguinha e sepultada às 16 horas do mesmo dia, no cemitério Bela Vista. Por tratar-se de pessoa com parcos recursos, a Prefeitura através da Secretária Municipal de Cidadania e Desenvolvimento Social arcou com as despesas, a Funerária Litorânea forneceu o ataúde e como de costume cuidou prontamente e eficientemente do féretro.
A história de D.Quixote foi redigida sob a forma de novela realista, e ele ao regressar a seu povoado, percebe que não é um herói, e também percebe que na verdade não existem heróis, o que deve existir são atitudes em busca da justiça social. Ela agora que com certeza foi recebida de braços abertos por Deus, que ao contrario de nós mortais, sabe reconhecer as virtudes humanas, também já percebeu que suas lanças quebradas não foram em vão, lutou por aquilo que considerava certo e sem duvida teve muita atitude, por isso merece toda a nossa admiração e homenagem. Adeus Dona Bruxinha de La Ubatuba, nós vamos sentir sua falta

RECORDAÇÕES DE UMA MÃE

                “Ao meu filhinho querido. Quando estas folhas já estiverem amareladas pelos anos e se Deus quiser tu fores um homem, passe os olhos por estas paginas e lembraras de tua mãe. Com todo amor e carinho Thereza”.

                 Com estas palavras a minha mãe inicio o relato do que ela considerou os principais momentos de minha vida. Hoje, exatamente como ela profetizou, as paginas já estão amareladas eu sou um homem e a lembrança se mistura a saudades e produz uma dor no coração que reflete na alma.

                  Muito mais do que está escrito, consigo ler as entrelinhas, consigo identificar os momentos em que seu coração estava triste ou alegre. Quando relata pormenorizadamente, o dia e hora do meu nascimento (18/04/49 as 3,20 h), uma segunda feira chamada de pascoeta, pesando 4 quilos e 200 gramas, ou a primeira viagem à praia (São Vicente), no dia 22 de abril de 1950.

                  Percebo o grande cuidado que ela teve para dar mais ênfase aos bons momentos, deixando de entrar em detalhes nos mais tristes. Mas no dia 25 de março de 1952, o medico da família, Dr. Vicente D´Amato, diagnosticou que ela estava com “esgotamento nervoso”, acho que hoje seria depressão. “A mamãe tinha tanto nervoso e fraqueza, que não podia ouvir barulho, você chorar, correr, tudo parecia que estava dentro da cabeça da mamãe”.

                   Conseguiu se recuperar depois de vários meses de tratamento, e continuou a escrever, agora mais espaçadamente, e parou no dia 25 de dezembro de 1961, (Natal). Ela me chamou e entregou o livro com suas recordações dizendo que agora eu já podia se quisesse continuar a escrever, coisa que eu nunca fiz.

                   Na minha juventude e adolescência, eu nunca dei muita importância a estas anotações, mas com o passar do tempo, percebi o grande amor que ela transmitia na narração e como é importante saber dos detalhes da própria vida e de seus familiares. Os casamentos dos tios, o nascimento dos primos, o batizado, a primeira comunhão, a data da caxumba, da tosse comprida, da operação das amidalas e suas aflições, as viagens, as festas, os presentes, os costumes da época, o exame de admissão ao ginásio, à copa de 58, quantas coisas importantes aconteceram, quantos ensinamentos, que se ela não tivesse perpetuado nas suas recordações estariam perdidas no tempo.

                   Dentro deste livro de recordações encontrei uma folha de caderno com um poema que escrevi na escola e dei para ela no dia 11 de maio de 1958, que agora volto a oferecer a minha saudosa mãe, e a todas as mães que tiveram a paciência de ler está coluna e principalmente a Marli, minha amada esposa e mãe dos meus filhos. “Minha mãezinha eu gosto de ti/ E neste dia que é teu vou cantar/ Este versinho com todo carinho/ Para dizer quanto quero te amar/ E as palavras de nossa canção/ Guarda mãezinha no teu coração”.

Feliz dia das mães.

                       SILVIO BONFIGLIOLI

                    s.bonfiglioli@hotmail.com

                     

                    

PLANO DE CARREIRA

Eu nasci na cidade de São Paulo no ano de 1949, e lá morei por longos 36 anos. Não era nada fácil, o deslocamento pela cidade era terrível, os ônibus sempre lotados, as enchentes desalojavam as pessoas de suas moradias e impediam o transito, os hospitais públicos estavam sempre lotados, a educação capengava, e as favelas proliferavam por todas as regiões.
O maior sonho de um paulistano era conseguir sair de São Paulo e ir morar em outra cidade menos estressante, mas existia um estranho amor que seduzia e apaixonava os seus filhos legítimos e adotados que migravam de outros estados à procura do maná. Nunca uma expressão como “ame-a ou deixe-a”, caiu tão bem para São Paulo, eu a amei e continuo amando, mas fui atrás do sonho e a deixei com dor no coração no ano de 1986.
Esporadicamente retorno aos braços da amada, a minha São Paulo da garoa, e a encontro com os mesmos problemas de antigamente, alguns até pioraram. Na ultima visita no final do mês, estava no Mercado municipal da Cantareira, quando as aguas de março se fizeram presentes, e aconteceu o que acontece há dezenas de anos, a região ficou em baixo d´agua, para o costumeiro desespero da população, inclusive o meu.
O Município de São Paulo, já teve 45 (quarenta e cinco) prefeitos de 1889 até hoje. Começou com Antônio da Silva Prado, passou por Faria Lima, Ademar de Barros, e os últimos, Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pitta, Marta Suplicy, José Serra e o atual Gilberto Kassab.
Com exceção do Celso Pitta que foi pego com a boca na botija, e Jânio Quadros que já estava no fim da carreira, todos os outros só enxergaram e enxergam o cargo de prefeito como um trampolim para voos mais altos. Nenhum deles se preocupou em resolver realmente os problemas urbanos da cidade. O foco e dado na formação de partidos, de elaboração de acordos políticos, com o loteamento dos cargos de confiança entre os partidos aliados, para dar sustentação ao seu plano de voo.
A pujança econômica, que é a sua maior virtude, ironicamente também é o seu principal defeito, o potencial de investimento da cidade de São Paulo é maior que a de alguns Estados da União, mas mesmo assim a cidade está em coma, por culpa única e exclusivamente dos políticos carreiristas, que usam o orçamento de forma errada e eleitoreira, e principalmente sem nenhum planejamento.
Os eleitores de São Paulo, e os visitantes como eu, que por diversos motivos são seduzidos ou obrigados a frequentar a cidade, gostariam que o próximo prefeito estivesse realmente preocupado em resolver os problemas da cidade, transito, inundação, segurança, saúde, educação, que fosse somente prefeito, nada mais do que um prefeito, que elaborasse um plano de governo e não um plano de carreira.

O que não mata engorda

Jornal Agito.

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Quando uma bala ou pirulito caia no chão, os meus avôs diziam: “o que não mata engorda”, e realmente ninguém nunca morreu e alguns até engordaram. Agora os cientistas descobriram que os anticorpos, só conseguem evoluir e se tornarem eficientes, se na infância a pessoa teve contato com vírus e bactérias.
Uma criança criada dentro de uma redoma sem se expor a esses organismos tem muito mais chance de contrair doenças, exatamente porque seu corpo não criou anticorpos suficientes.
Os anticorpos evoluem e criam imunidade ao terem contato com seres nocivos a nossa saúde e vida. A natureza costuma agir de maneira bastante similar para situações diferentes. O caráter do ser humano também evolui de acordo com as experiências do dia a dia. Podemos afirmar então que a existência e o contato com mal feitores e corruptos, ajuda a formação do caráter do ser humano honesto.
“O que seria do azul se não existisse o vermelho”. Todos nós temos o livre arbítrio de escolher entre ser honesto ou desonesto, de ser azul ou vermelho. O que vai influenciar esta escolha é a formação do caráter.
A sociedade honesta, que está cansada de ver e ouvir sobre vários escândalos de corrupção envolvendo políticos vermelhos, vai conseguir a exemplo dos anticorpos, evoluírem e criar imunidade contra estes seres portadores do vírus da corrupção que dizimam e corroem o orçamento publico.
Muitos dizem que não se envolvem na politica porque são pessoas honestas e não acreditam que honestidade e politica consigam coexistir. Agindo dessa maneira, estão se enclausurando dentro de uma redoma e abre espaço para pessoas portadoras do vírus da corrupção, que estão tomando conta de todo o sistema. A desonestidade existe em qualquer atividade que envolva o ser humano, isto é ponto pacifico o que diferencia é o grau de oportunidade que a atividade proporciona. “A oportunidade faz o ladrão” (dependendo do caráter).
Se meus avós estivessem vivos, com certeza teriam outro ditado para definir estes seres vermelhos, nocivos a nossa saúde, e que atravancam o crescimento da nação. Talvez fosse assim! “O corrupto mata, enriquece e engorda.

FIDELIDADE

Se observarmos a natureza, percebemos que existem vários seres vivos que são fieis, mesmo sem nunca ter dado a sua palavra diante de um altar ou mesmo empenhando seu fio do bigode.
Na minha infância cheguei a ajudar meu pai na criação de pombos, e aprendi que a fêmea sempre botava dois ovos, que geravam um casal de “borrachudos” (pombinhos). Se tudo corre-se bem eles cresceriam juntos, e permaneceriam juntos por toda suas vidas.
Nos somos os únicos seres vivos racionais do planeta, portanto os únicos que conseguem estabelecer regras e editar leis coercitivas que tentam impedir que alguns façam o que mais gostam de fazer – “Roubar, matar, mentir e trair”.
Já dizia um velho poeta de Ubajara: “Água de morro abaixo, fogo de morro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura”. É muito comum as pessoas afirmarem que os homens traem mais que as mulheres, mas se esquecem que o homem na acepção da palavra, com “H”maiúsculo, só se relaciona com o sexo oposto, portanto só trai com outra mulher, o que equilibra a estatística. Será que já não podemos afirmar que neste século, as mulheres já são tão infiéis quanto os homens? Afinal elas estão lutando pela igualdade há muito tempo.
Todo comportamento humano recebe influencia de fatores externos, tais como: Educação, dogmas, exemplos dos pais, amizades, etc. Estes fatores e mais alguns da mesma relevância, irão formar o caráter do individuo, é este caráter que vai determinar o seu comportamento perante a sociedade. Vai dimensionar, por exemplo, o tamanho do seu Ego. “Uma formiga egocêntrica, tenta convencer os seus pares que é um elefante”.
A fidelidade é um dos fatores mais relevante em um relacionamento. Quando se fala em fidelidade e traição logo pensamos em um casal, nestes tempos modernos, em qualquer tipo de casal. Mas existem vários outros tipos de relacionamento na sociedade, por exemplo: Relacionamento profissional, familiar, político, comercial, e por ai vai.
Seja qual for o tipo, ele sempre será de “mão dupla”, ou seja, nada perdura se as partes, ou uma delas, não cumprirem com os compromissos assumidos.
“O combinado não é caro!” Quem não paga as promessas, quem quebra a palavra, quem não honra o fio do bigode empenhado, quem pratica a infidelidade, é estigmatizado como uma pessoa sem palavra e até como um grande traidor.
Neste ano eleitoral as diferenças e principalmente as divergências ficam mais escancaradas. Todas as infidelidades ocorridas no passado são lembradas por ambas as partes, que tem suas próprias versões para os fatos.
A política, dizem alguns filósofos, “é a arte de engolir sapo”, portanto quem tiver a garganta maior, e conseguir superar e engolir as magoas passadas, e compor com seus algozes, tem mais chance de alcançar o seu objetivo, principalmente se pertencer a um grupo coeso, sem egocêntricos chantagistas e traidores.

DIRETO DE RECIFE

      Após aproximadamente 30(trinta) anos, retornei a capital de Pernambuco, agora em férias. Quando estive por aqui, a cidade era bem menor, as praias mais vazias e até a maré era mais baixa. Hoje deparo com uma Recife completamente mudada, altos prédios por toda a orla, um transito desenfreado, e milhares de pessoas correndo de um lado para o outro como baratas tontas.

       É quase impossível permanecer na praia sem ser abordado por centenas de ambulantes que vendem de tudo, bronzeadores, chapéus, redes, boias, caldinhos de peixe, de camarão de feijoada, camarão cozido transportado em grandes balaios, ostras em baldes, guaiamuns vivos amarrados com cipó, caranguejo cozido, cocô verde, sorvete, pipoca, cachorro quente, pasteis, amendoim, castanha de caju, tapioca e etc., e bota etc. nisso.

        À noite podemos notar vários moradores de rua se acomodando em vãos de prédio, embaixo de monumentos e marquises, espalhados pela orla deitados em pedações de papelão, enquanto pessoas passam correndo pelo calçadão. Calçadão este que foi reurbanizado, todos os mosaicos portugueses foram retirados e em seu lugar foram colocados pequenos bloquetes coloridos, que realmente tornaram a avenida muito mais bonita. Mas as calçadas das ruas adjacentes à orla estão todas danificadas, grandes buracos, detritos espalhados, e arvores e postes que impedem a passagem do transeunte. O crescimento desordenado cobra seu preço, vários bueiros transbordam e despejam seus dejetos nas calçadas.

        Não posso negar que a cidade encanta pelas belezas naturais e demonstra um grande crescimento econômico, varias indústrias se instalaram na região. Existe uma grande deficiência de mão de obra especializada, tanto que para preencher as vagas, as empresas importam mão de obra de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O Estado de Pernambuco e principalmente o Município de Recife, não investiram o suficiente na formação e educação do seu povo, para atender esta demanda.

         O antigo prefeito da cidade de Recife era o João Paulo do PT, foi eleito e depois reeleito, ficou no cargo por 8 anos, e fez seu sucessor, o atual prefeito João da Costa, também do PT, o povo ironicamente o chama de João da Bosta.

          A prefeitura de Recife vai receber nos próximos 4 (quatro) anos, mais de 5 bilhões de Reais em investimentos do governo Federal e principalmente do Estado, através de convênios, o que a tornou “a joia da coroa”, o que provocou a ruptura dos dois João do PT. Eles estão disputando dentro do partido o direito de concorrer às eleições deste ano. O João da Costa pela reeleição, e o João Paulo que quer retornar.

           Eu tenho o abito de conversar muito, de perguntar muito, e pude notar que a população não está nem um pouco satisfeita com a administração de mais de 11 (onze) anos do PT na cidade, e acredita que o desenvolvimento que Recife conquistou, foi porque o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos do PSB-40, investiu e investe muito na cidade. O povo colocou o PT no poder na expectativa de que fosse fazer um bom trabalho na cidade, mas se frustrou.  Acredito que nas próximas eleições o partido dos trabalhadores perdera a hegemonia na cidade. Principalmente se o Governados lançar na disputa o ex prefeito de Petrolina, e ministro da integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho-PSB-40.

                       SILVIO BONFIGLIOLI

                    s.bonfiglioli@hotmail.com